Julián Bilmes
Se analizan aquí las disputas por el desarrollo y la autonomía nacional en la Argentina a través del caso de la renacionalización parcial (denominada aquí como híbrida) de la histórica petrolera de bandera, YPF, entre 2012 y 2015. Esta medida expresa la paradoja de constituir la última gran transfor-mación posneoliberal del ciclo kirchnerista, aunque enmarcada en pleno giro promercados de la estrategia político-económica gubernamental. A la vez, YPF pone de manifiesto el fracaso de la estrategia previa de “argenti-nización” de las empresas energéticas, vía el ingreso a las mismas de una “burguesía nacional”, y también condensa ciertas tensiones entre orienta-ciones estratégicas referentes a las vías e instrumentos para motorizar el desarrollo autónomo nacional, entre un polo centrado en el potencial del Es-tado empresario y emprendedor, y otro polo centrado en el programa neode-sarrollista predominante. Así se pueden comprender un conjunto de logros y falencias de la renacionalizada YPF en distintos órdenes.
The disputes for development and national autonomy in Argentina are an-alyzed here through the case of the partial renationalization (referred to here as hybrid) of the historical flagship oil company, YPF, between 2012 and 2015. This politic expresses the paradox of constituting the last great post-neolib-eral transformation of the kirchnerist cycle, although framed in a pro-market turn of the government’s political-economic strategy. At the same time, YPF reveals the failure of the previous strategy of “argentinization” of the energy companies, through the entry into them of a “national bourgeoisie”, and also condenses certain tensions between strategic orientations regarding the roads and instruments to promote autonomous national development, between a pole focused on the potential of the entrepreneur and entrepre-neurial State, and another pole focused on the predominant neo-develop-mentalist program. Thus, a set of achievements and shortcomings of the renationalized YPF can be understood in different orders.
As disputas por desenvolvimento e autonomia nacional na Argentina são aqui analisadas a partir do caso da renacionalização parcial (aqui denomi-nada híbrida) da histórica petroleira YPF, entre 2012 e 2015. Essa medida expressa o paradoxo de constituir a última grande transformação pós-neoli-beral do ciclo kirchnerista, ainda que enquadrada em plena virada pró-mer-cado da estratégia político-econômica do governo. Ao mesmo tempo, YPF revela o fracasso da estratégia anterior de “argentinização” das empresas de energia, através da entrada nelas de uma “burguesia nacional”, e tam-bém condensa certas tensões entre as orientações estratégicas quanto aos caminhos e instrumentos para promover o desenvolvimento autônomo na-cional, entre um polo voltado para o potencial do Estado empreendedor e empreendedor, e outro polo voltado para o programa neodesenvolvimentis-ta predominante. Assim, um conjunto de conquistas e deficiências da YPF renacionalizada pode ser compreendido em diferentes ordens.