Madrid, España
El cambio climático afecta a la salud ambiental, animal y -directa e indirectamente- a la humana. Los escenarios urbanos, como ámbitos críticos a este respecto, requieren abordar la cuestión de forma urgente. Y, para ello, el concepto One Health ofrece una componente diferenciadora. Aplicado a planificación y diseño urbanos, permite poner sobre la mesa problemáticas y perspectivas en materia de calidad de vida y mejora ambiental que, a la luz de los riesgos derivados del calentamiento global, resulta esencial considerar. El presente artículo constata esa realidad partiendo de una revisión crítica de problemáticas y de aplicabilidad del concepto. Más allá de las barreras y ambigüedades que pueden acompañarlo, el potencial del enfoque reside en la atención prioritaria a las relaciones, y muy especialmente a las interdependencias entre salud humana, animal y del medioambiente, en un contexto de complejidad. Se evidencia también, en este sentido, el valor de huir de perspectivas de autocomplacencia y de apoyarse en la interdisciplinariedad y en visiones amplias de los problemas de salud derivados del cambio climático en el medio y largo plazo.
Climate change affects environmental health, animal health, and thus -directly and indirectly-, human health. Urban environments, being critical areas in this respect, make it necessary to address the issue urgently. One Health provides a distinctive approach to this end. In urban planning and design, it brings to light issues and perspectives in terms of quality of life and environmental improvement which, given the risks arising from global warming, need to be considered. This paper examines this reality through a critical review of both the challenges and the applicability of the concept. Beyond the barriers and uncertainties that can be associated with it, the potential of the approach lies in the emphasis it places on relationships and in particular on interdependencies between human, animal and environmental health in a context of complexity. In this respect, it is also key to avoid complacent perspectives and to rely on interdisciplinarity and broad visions of the health problems arising from climate change in the medium and long term.
As alterações climáticas afetam a saúde ambiental, animal e –direta e indiretamente– a humana. Os contextos urbanos, como áreas críticas nesse sentido, requerem uma urgente abordagem ao problema. E, para isso, o conceito One Health oferece uma componente diferenciadora. Aplicado ao planeamento e desenho urbanos, permite colocar sobre a mesa problemas e perspetivas em termos de qualidade de vida e melhoria ambiental que, face aos riscos derivados do aquecimento global, é essencial considerar. Este artigo confirma essa realidade a partir de uma revisão crítica dos problemas e aplicabilidade do conceito. Para além das barreiras e ambiguidades que podem acompanhá-lo, o potencial da sua abordagem reside em dar atenção prioritária às relações e, sobretudo, às interdependências entre a saúde humana, animal e ambiental, num contexto de complexidade. Também fica evidente, neste sentido, o valor de abandonar perspetivas endogâmicas e apostar em visões mais amplas e interdisciplinares para enfrentar os problemas de saúde derivados das mudanças climáticas no médio e longo prazo.