Acceso usuarios
A questão ambiental permeia material e simbolicamente a existência humana. Dependemos da natureza para nossa sobrevivência. Ela estabelece uma conexão inexorável com nosso imaginário e sua exaltação impacta movimentos artísticos e culturais no Brasil e no mundo. Contudo, a apropriação crítica da natureza, a partir da finalidade de discussão de preceitos da educação ambiental, ainda é pouco discutida no contexto dos estudos sobre literatura. Assim, tendo por base uma revisão de literatura científica, propomos um debate acerca do ser humano na modernidade e as alternativas de uma educação ambiental a partir da literatura. A obra de Manoel de Barros emerge, nesse contexto, como uma possibilidade para a formação humana radical e integrada à natureza. A discussão, de cunho sociológico, é realizada com o suporte teórico de Joan Martínez Alier (2015), Enrique Leff (2001), Boaventura de Sousa Santos (1996 e 2007) e Carlos Frederico Bernardo Loureiro (2011 e 2014). Ao final, esperamos ter apresentado contribuição parao debate de como a literatura pode ser um espaço de elaboração de temas fundamentais para a sociedade, como a educação ambiental, tendo por base uma reorganização linguística e estética própria.
The environmental issue materially and symbolically permeates human existence. We depend on nature for our survival. It establishes an inexorable connection with our imagination and its exaltation impacts artistic and cultural movements in Brazil and in the world. However, the critical appropriation of nature, based on the purpose of discussing the precepts of environmental education, is still little discussed in the context of studies on literature. Thus, based on a review of scientific literature, we propose a debate about the human being in modernity and the alternatives of an environmental education based on literature. The work of Manoel de Barros emerges, in this context, as a possibility for a radical human formation integrated with the environment. The discussion, of a sociological nature, is carried out with the theoretical support of Joan Martínez Alier (2015), Enrique Leff (2001), Boaventura de Sousa Santos (1996 and 2007) and Carlos Frederico Bernardo Loureiro (2011 and 2014). In the end, we hope to have contributed to the debate on how literature can be a space for the elaboration of fundamental themes for society, such as environmental education, based on a linguistic and aesthetic reorganization of its own.
