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Ramón López Martín 
La situación generada por las consecuencias educativas del Covid-19 supone una oportunidad inmejorable para repensar algunos paradigmas del relato pedagógico presentes hasta la actualidad. Las enormes cotas de desigualdad de América Latina y el Caribe, tanto dentro de los países como entre ellos, convierten esta conveniencia en una exigencia ineludible: repensar el mañana educativo nunca ha tenido más sentido que en los momentos de excepcionalidad que vivimos. A través de un enfoque hermenéutico, bajo el análisis de contenido de los principales informes y documentos de los organismos internacionales vinculados al mundo educativo, se realiza una primera revisión de urgencia del impacto de la pandemia en los rezagos educativos de la región y la incidencia en las brechas de inequidad arrastradas desde décadas atrás. Lejos de la arrogancia de pretender agotar la temática, se presenta una visión holística, que estructura los retos de futuro en tres ámbitos fundamentales: qué aprendemos o deberemos aprender, cómo deberemos hacerlo y para qué deberemos aprender. Se concluye que la profundización en los aprendizajes competenciales básicos, la integración del reto educativo de la tecnología y la apuesta por la formación de una ciudadanía crítica y comprometida, al margen de otros aspectos pedagógicos igualmente decisivos, deberán ser los pilares de un nuevo concepto de aprendizaje para el futuro inmediato.
The situation generated by the educational consequences of Covid-19 represents an unbeatable opportunity to rethink some of the paradigms of the pedagogical narrative present to date. The enormous levels of inequality in Latin America and the Caribbean, both within and between countries, make this an unavoidable requirement: rethinking tomorrow has never made more sense than in the exceptional times we are living through. Through a hermeneutic approach, under content analysis of the main reports and documents of international organisations linked to the world of education, an initial urgent review is made of the possible impact of the pandemic on the region's educational backwardness and its impact on the inequality gaps that have persisted for decades. Far from the arrogance of exhausting the subject, a holistic vision is presented, structured in three fundamental areas: what we learning or should learning, how we should learning, and what we should educate for. It is concluded that the deepening of basic learning competences, the integration of the educational challenge of technology and the commitment to the formation of a critical and committed citizenship, apart from other equally decisive pedagogical aspects, should be the pillars of a new concept of learning for the immediate future.
A situação gerada pelas conseqüências educacionais do Covid-19 representa uma oportunidade imbatível para repensar alguns dos paradigmas da narrativa pedagógica presente até hoje. Os enormes níveis de desigualdade na América Latina e no Caribe, tanto dentro dos países como entre eles, fazem disso um requisito inevitável: repensar a educação de amanhã nunca fez mais sentido do que nos tempos excepcionais que estamos vivendo. Utilizando uma abordagem hermenêutica e analisando o conteúdo dos principais relatórios e documentos das organizações internacionais ligadas ao mundo da educação, é feita uma revisão inicial urgente do impacto da pandemia no atraso educacional da região e seu impacto sobre as lacunas de desigualdade que persistem há décadas. Longe da arrogância de tentar esgotar o assunto, é apresentada uma visão holística, que estrutura os desafios do futuro em três áreas fundamentais: o que aprendemos ou devemos aprender, como devemos aprender e para o que devemos aprender. Conclui-se que o aprofundamento das competências básicas de aprendizagem, a integração do desafio educacional da tecnologia e o compromisso com a formação de uma cidadania crítica e comprometida, além de outros aspectos pedagógicos igualmente decisivos, devem ser os pilares de um novo conceito de aprendizagem para o futuro imediato.
