Brasil
Ethnographic study developed as part of a doctoral research in education. It aims to analyze the sociability of young members of the hip hop movement in the capital of the State of Santa Catarina. In youth, sociability expands beyond the family and the school. By experiencing new interactions practicing Skate in the neighborhood square, dueling freestyles in the Battles of Rap, and discussing their poetry with other Internet users via digital applications, the young people observed in this research build resistance processes and denounce the absence of an effective public policy for youth –that goes beyond legislative prescriptions –,in other words, that actually materializes in concrete actions in their lives. The ethnographic data bring up scenes of young people from the periphery of Santa Catarina Island, in creative processes of affirmation that, through rhythm and poetry, reflect on their condition in society, the prejudices against communities living in the periphery, as well as thepolice violence carried out by the State.
Estudo etnográfico desenvolvido no âmbito do doutoramento em Educação, cujo objetivo é analisar as sociabilidades de jovens integrantes do movimento hip-hop na capital do Estado de Santa Catarina. É na juventude que as sociabilidades se ampliam para além da família e da escola. Ao vivenciarem novas interações praticando Skate na praça do bairro, duelando freestyles nas Batalhas de Rap, discutindo suas poesias com outros internautas, via aplicativos digitais, os sujeitos observados nesta pesquisa constroem processos de resistência, denunciando a ausência de uma política pública efetiva para a juventude – que vá além das prescrições legislativas –, ou seja, que de fato se materialize em ações concretas nas suas vidas. Os dados etnográficos trazem à tona cenas de jovens oriundos das ‘quebradas’ da Ilha de Santa Catarina em processos criativos de afirmação que, através do ritmo e poesia, refletem sobre a sua condição juvenil na sociedade, os preconceitos que partem da população aos territórios periféricos da cidade, bem como a violência policial protagonizada pelo Estado.