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Almut Schilling-Vacaflor, Riccarda Flemmer
Este artículo analiza el contexto y contenido de la ley peruana del derecho a la consulta previa – la única en América Latina hasta la fecha – y sus decretos regulatorios. En oposición a la idea generalizada de que la consulta previa es una forma de prevenir y resolver conflictos, se señala que esta nueva legislación no ayudará a transformar los conflictos mientras el marco normativo mismo sea cuestionado y las precondiciones para la gobernanza participativa no existan. Establecer estas precondiciones resultaría en instituciones estatales capaces de balancear de manera justa los diversos intereses en juego. Entre las condiciones necesarias para viabilizar consultas efectivas están la creación de instituciones estatales capaces de balancear de manera justa los diversos intereses en juego, la implementación de medidas para reducir asimetrías de poder en los procesos de consulta y la toma de decisiones en conjunto que desemboquen en acuerdos vinculantes.
Este artigo analisa o contexto da criação e o conteúdo da lei peruana de consulta prévia, a única deste tipo promulgada até o momento na América Latina, além de seu decreto de regulamentação. Opondo-se à ideia generalizada de que a consulta prévia é um meio de prevenir e solucionar conflitos, argumenta-se que esta nova legislação não ajudará a solucionar os conflitos enquanto o arcabouço normativo em si for contestado e as precondições para a governança participativa não forem instituídas. O estabelecimento destas precondições resultaria em instituições estatais capazes de equilibrar os diferentes interesses em disputa de forma justa; em medidas que reduzam assimetrias de poder na esfera das consultas; e em processos decisórios conjuntos com acordos vinculativos.
This article analyses the background to and the content of the Peruvian prior consultation law – the only one enacted in Latin America to date – and its regulating decree. In contrast to the widespread conception that prior consultation is a means for preventing and resolving conflict, it argues that this new legislation will not help to transform conflicts as long as the normative framework itself is contested and the preconditions for participatory governance are not in place. Establishing these preconditions would result in state institutions capable of justly balancing the diverse interests at stake; measures that reduce power asymmetries within consultations; and joint decision-making processes with binding agreements.
