Patricia Cruz Ramos
Se analiza la tortura como parte de una estrategia de guerra, de la cual se sirven los Estados autoritarios con el objetivo de disciplinar y generar subjetividades rotas y moldeables. Se le entiende como un dispositivo cuyo fin es el de “quebrar la constelación identificatoria que constituye al sujeto”. En este sentido, se identifican dos dimensiones: 1) la de la persecución eliminación, y 2) la preventiva-disuasiva. La primera opera como un mecanismo de control extremo sobre los cuerpos, sobre todo en los momentos de crisis del Estado autoritario; la segunda opera en la vida cotidiana, siendo la más peligrosa porque permea al sujeto sin que la pueda identificar. Se aborda el caso específico del golpe de Estado en Honduras en 2009, que permite ilustrar el autoritarismo del Estado, el dispositivo del que se sirve para controlar a la población y el ejercicio de la tortura sobre la población en resistencia. Se identifican ciertos ejes: legal, mediático, de seguridad, patriarcal y racial, mediante los que operó la tortura en este país centroamericano durante el golpe. Estos ejes actúan de forma conjunta y son parte del dispositivo de tortura que sostenemos que existe para el control de la población.
This paper analyzes torture as a strategy of war. Authoritarian states use torture to discipline dissidents and to shape up some type of human behavior. It is a mechanism to get rid of identifying elements founded in a person (subject). Also, this article identify two dimensions: 1) persecution-elimination, and 2) preventive-dissociation. The first one operates as a mechanism of control, especially during critical moments of an authoritarian regime. The second one, and the most dangerous one of the two, acts to hinder the will of the person. This paper deals specifically with the 2009 Honduran coup d’état, and how a repressive regime enables to subdue a large part of the population. Some exes were identified legal, media, security, patriarchal and racial.
Analisa-se a tortura como parte de uma estratégia de guerra, da qual se utilizam os Estados autoritários com o objetivo de disciplinar e gerar subjetividades destruídas e moldáveis. Fato entendido como um dispositivo cujo fim é o de “quebrar a constelação identificadora que constitui o sujeito”. Ver a tortura como uma estratégia de guerra permite identificá-la em duas dimensões: 1) a da perseguição-eliminação, e 2) a preventiva-dissuasiva. A primeira opera como um mecanismo de controle extremo sobre os corpos, sobretudo nos momentos de crise do Estado autoritário; a segunda opera na vida cotidiana, sendo a mais perigosa, porque permeia o sujeito sem que a possa identificar. Aborda-se o caso específico do golpe de Estado em Honduras em 2009, que permite ilustrar o autoritarismo do Estado, o dispositivo do qual se utiliza para controlar a população e o exercício da tortura sobre a resistência. Identificamse certos eixos: legal, mediático, de segurança, patriarcal e racial, mediante os quais se operou a tortura nesse país centro-americano durante o golpe. Estes eixos atuam de forma conjunta e são parte do dispositivo de tortura que existe para o controle da população.