We intend to analyze the impact of Shoshana Zuboff's ideas on democracy in In the Age of Surveillance Capitalism. Digital corporations have pragmatic and financial interests with the extraction of information freely donated by users of digital media and social media. Public and governmental institutions intend to use the data to search for potential criminals and terrorists, however they must comply with their countries legislation. Corporations, on the other hand, are globalized companies that tend to consider and, eventually, establish new legislative criteria in the places where they operate, especially because the services they offer are new, and from recent technological innovations. Sovereignty and the modern idea of people have lost political substance in the face of corporations' superpower. Every citizen now represents a control device in surveillance capitalism while celebrating the benefits of technology. Big data and artificial intelligence dramatically reduce democratic liberties in a space where the promise of freedom has encouraged futuristic and libertarian hopes. With that, there is a new conceptual panorama to rethink the conditions of democracy.
Pretendemos analisar o impacto na democracia das ideias de Shoshana Zuboff em Na era do capitalismo de vigilância. As corporações digitais têm interesses pragmáticos e financeiros com a coleta de informações doadas de boa vontade pelos usuários de meios de comunicação digital e redes sociais. As instituições públicas e governamentais pretendem utilizar os dados para procurar potenciais criminosos e terroristas, contudo precisam obedecer a legislação de seus países. Já as corporações são empresas globalizadas e imperialistas que costumam considerar e, eventualmente, estabelecer novos critérios legislativos nos locais em que operam, sobretudo porque os serviços que oferecem são novos, são provenientes de inovações tecnológicas recentes. A soberania e a própria ideia moderna de povo perderam substância política perante o superpoder das corporações. Cada cidadão representa agora um dispositivo de controle no capitalismo de vigilância ao mesmo tempo em que comemora os benefícios da tecnologia. Big data e inteligência artificial reduzem dramaticamente as liberdades democráticas num espaço em que a promessa de liberdade havia fomentado esperanças futuristas e libertárias. Com isso, há um novo panorama conceitual para repensar as condições da democracia.