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Este artigo analisa a interpretação de Renzo Llorente de que a obra Libertação Animal, de Peter Singer, não tem sua estrutura moral baseada no utilitarismo, mas no princípio da não-maleficência. O artigo analisa criticamente essa interpretação e busca responder os problemas levantados. Consideramos de que maneira essa interpretação não se sustenta quando a ética de Singer é compreendida em seu conjunto e não apenas a partir de uma única obra. Porém, defendemos, neste artigo, apesar de a proposta ética de Libertação Animal tenha aspectos do princípio da não-maleficência, a obra se mantém utilitarista na medida que o princípio de não causar danos se fundamenta e se justifica por razões utilitaristas.
Palavras-chave: ética, utilitarismo, não-maleficência, animais.
This article analyzes Renzo Llorente's interpretation that Peter Singer's work Animal Liberation does not have a moral structure based on utilitarianism, but on the principle of non-maleficence. The article critically analyzes this interpretation and seeks to answer the problems raised. We consider how this interpretation does not hold when Singer's ethics is understood as a whole and not just from a single work. However, we defend, in this article, although the Animal Liberation ethical proposal has aspects of the principle of non-maleficence, the work remains utilitarian inasmuch as the principle of not causing harm is based and justified for utilitarian reasons.
Keywords: , , , animals.
