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The present article has as an objective arguing that asceticism in Nietzsche, developed by the author mainly in his On the Genealogy of Morality, can be faced as a symptom of a weakened Will to Power. Firstly one will seek to present a conceptualization of what is the Will to Power in Nietzsche, as well as arguing in favour of its ontic-ontological character, from which the second concept of this article is derived. The second step will be given in the direction of conceptualizing what the author understands as being the ascetic ideals in relation to the slave morality. The third and last step, lastly, will consist in the demonstration of a relation between the first concept and asceticism, arguing that the later is a symptom of an ill life. That is, if life and world are Will to Powert, hence asceticism, far from being an expression of the lack of the former, would be nothing more than a symptom of a disease, which would consist in the weakening of the essence of the human being.
O presente artigo possui como objetivo argumentar que o ascetismo em Nietzsche, desenvolvido pelo autor principalmente em sua Genealogia da Moral, pode ser encarado como sendo um sintoma de uma Vontade de Poder enfraquecida. Primeiramente buscar-se-á apresentar uma conceituação do que vem a ser a Vontade de Poder em Nietzsche, bem como argumentar a favor de seu caráter ôntico-ontológico, do qual deriva o segundo conceito trabalhado neste artigo. O segundo passo será dado no sentido de conceituar o que o autor compreende como sendo os ideais ascéticos em relação com a moral escrava. O terceiro e último passo, por fim, consistirá na demonstração de uma relação entre o primeiro conceito e o ascetismo, argumentando ser este um sintoma de uma vida doente. Isto é, se vida e mundo são Vontade de Poder, logo o ascetismo, longe de ser expressão de uma falta daquela, nada mais seria que não um sintoma de uma doença, que consistiria no enfraquecimento da essência do ente humano.
