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Paolo Gajardo Jaña
En la filosofíıa de Schopenhauer el suicidio es condenado como una acció fútil, porque opera solo a un nivel fenoménico, sin afectar a la cosa en sí (la voluntad). Sin embargo, existe una peculiar excepción respecto a la muerte por mano propia, este es el caso del suicidio por inanición cometido por el más alto grado de ascetismo. A primera vista podría parecer que este reconocimiento entrañaría profundas contradicciones subyacentes al concepto de muerte que trabaja Schopenhauer. No obstante, al profundizar en este tipo de suicidio a la luz de la doctrina schopenhaueriana de la palingenesia y de la negación de la voluntad de vivir, se revela que la muerte por voluntaria inanición se articula dentro de su filosofía sin inconvenientes. La correcta comprensión del suicidio ascético matiza el juicio condenatorio de Schopenhauer sobre la muerte voluntaria, de esta forma, se contribuye a ahondar críticamente en la coherencia interna de su filosofía y tener una adecuada visión de conjunto en su análisis del suicidio. El peculiar reconocimiento del suicidio por inanición marca un precedente respecto a las formas de aproximarse al fenómeno de la muerte voluntaria, esta posición y tratamiento excepcional representan una contribución a los estudios sobre el suicidio.
Na filosofia de Schopenhauer, o suicídio ê condenado como uma ação fútil, porque opera apenas em um nível fenomenal, sem afetar a coisa em si (a vontade). No entanto, há uma exceção peculiar em relação à morte pelas próprias mãos, é o caso do suicídio por inanição cometido pelo mais alto grau de ascetismo. Á primeira vista, pode parecer que este reconhecimento implicaria contradições mais profundas subjacentes ao conceito de morte de Schopenhauer. No entanto, ao se aprofundar nesse tipo de suicídio á luz da doutrina schopenhaueriana da palingénese e da negaão da vontade de viver, revela-se que a morte por inanição voluntária se articula em sua filosofia sem inconvenientes. A correta compreensão do suicídio ascético qualifica o julgamento condenatório de Schopenhauer sobre a morte voluntária, dessa forma, contribui para aprofundar criticamente a coeréncia interna de sua filosofia e ter um panorama adequado em sua análise do suicídio. O peculiar reconhecimento do suicídio por inanição marca um precedente quanto ás formas de abordagem do fenómeno da morte voluntária, esta posição e tratamento excepcionais representam uma contribuição aos estudos sobre o suicídio.
In Schopenhauer’s philosophy suicide is condemned as a futile action, because it operates only at a phenomenal level, without affecting the thing in itself (the will). However, there is a peculiar exception regarding to death by own hand, this is the case of suicide by starvation committed by the highest degree of asceticism.
At first sight, it might seem that this acknowledgment would imply deeper contradictions underlying Schopenhauer’s concept of death. Nevertheless, when delving into this type of suicide in the light of the Schopenhauerian doctrine of palingenesis and negation of the will to live, it is revealed that the death by voluntary starvation is articulated within his philosophy without inconvenience. A correct understanding of ascetic suicide nuances Schopenhauer’s condemnatory judgment of voluntary death, thereby contributing to a critical deepening of the internal coherence of his philosophy and an adequate overview of his analysis of suicide. The peculiar recognition of suicide by starvation marks a precedent with respect to the ways of approaching the phenomenon of voluntary death, this exceptional position and treatment represents a contribution to suicide studies.
