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In the academic context, the obituaries of scientists and intellectuals express the scientific recognition of those who contributed to expanding knowledge in their areas of expertise, and at the same time they can reveal a type of post-mortem evaluation. Grounded on the theoretical framework of the Sociology of Science and with a multimethod research design based on the contributions of bibliometric and content analysis, this article analyzes academic obituaries (n=131) published in Revista Pesquisa FAPESP between 1999 and 2021. The main results showed that the obituaries of men (n=109) prevailed over those of women (n=22). 96% of obituaries were born between the 1910s and 1950s, and the majority (n=123) died between 1990 and 2010. The most common causes of death were cardiovascular diseases and cancer, and the age of death varied between 45 and 100 years, suggesting a high longevity among scientists and intellectuals, revealing the occurrence of the phenomenon of academic intergenerationality. The personal and academic virtues, scientific leadership, and inspirational role of deceased scientists and intellectuals revealed recognition expressed in micronarratives of talent and merit that can be considered a post-mortem assessment of academic achievement.
No contexto acadêmico, os obituários de cientistas e intelectuais expressam o reconhecimento científico àqueles que contribuíram para ampliar o conhecimento em suas áreas de atuação, e ao mesmo tempo podem revelar um tipo de avaliação post-mortem. Fundamentado no referencial teórico da Sociologia da Ciência e com um desenho multimétodo a pesquisa está ancorada nos aportes da análise bibliométrica e de conteúdo, esse artigo investiga os obituários acadêmicos (n=131) publicados na Revista Pesquisa FAPESP entre os anos de 1999 e 2021. Os principais resultados apontaram que os obituários de homens (n=109) prevaleceram sobre os de mulheres (n=22). 96% dos obituários nasceram entre as décadas de 1910 e 1950, e a maioria (n=123) faleceu entre os anos de 1990 e 2010. As causas mortis mais incidentes foram as doenças cardiovasculares e o câncer, e a idade de falecimento variou entre 45 e 100 anos sugerindo uma alta longevidade entre cientistas e intelectuais revelando a ocorrência do fenômeno da intergeracionalidade acadêmica. As virtudes pessoais e acadêmicas, a liderança científica e o papel inspiracional dos cientistas e intelectuais falecidos revelaram o reconhecimento expresso em micronarrativas de talento e mérito que podem ser consideradas como avaliação post-mortem das realizações acadêmicas.
