Acceso usuarios
This paper deals with prison memory spaces located in Brazil and Portugal. The focus is on paintings and drawings, created by prisoners and ex-prisoners, understood as places of knowledge/power which not only contain visual information about the activities performed within the confinement space but also make it possible to look into the paths and choices that shape prison heritage. These collections are understood here as visual objects producing and receiving sense, and endowed with agency, vectors that allow us to think about the relationships established from them as potentialities enabling discussion of the notion of prison heritage. I will dwell on other supports, such as murals and graphics, examining their weaknesses and absences.
Dans cet article, on traite des espaces de mémoire des prisons situés au Brésil et au Portugal. L’accent est mis sur les peintures et les dessins, créés par des détenus et d’anciens détenus, compris comme des lieux de savoir/pouvoir qui contiennent non seulement des informations visuelles sur les activités réalisées dans l’espace d’enfermement, mais qui permettent également de se pencher sur les parcours et les choix qui façonnent le patrimoine pénitentiaire. Ces collections sont ici comprises comme des objets visuels produisant et recevant du sens et dotés d’agence, vecteurs qui nous permettent de penser sur les relations établies à partir d’eux comme des potentialités propices à discuter la notion de patrimoine pénitentiaire. Je m’attarderai aussi sur d’autres supports, tels que des peintures murales et des graphiques, en examinant leurs fragilités et leurs absences.
Este artigo trata de espaços de memória prisional localizados no Brasil e em Portugal. O foco está nos quadros, nas pinturas e nos desenhos elaborados por reclusos e ex-reclusos, entendidos como lugares de conhecimento/poder que não só contêm informações visuais a respeito das atividades realizadas dentro do espaço de confinamento, mas também onde é possível perscrutar os caminhos e as escolhas que configuram o património prisional. Estes acervos são aqui entendidos como objetos visuais produtores e recetores de sentidos e dotados de agência, vetores que nos permitem pensar nas relações estabelecidas a partir deles como potencialidades que possibilitam a discussão da noção de património prisional. Deter-me-ei ainda noutros suportes, como as pinturas murais e grafismos, analisando as suas fragilidades e ausências.
