Problematizando o “posto central do dever-ser”, tratar-se-á de analisar como que a questão da ética aparece na obra do último Lukács – aquele da Estética e da Ontologia - a partir de uma crítica ao Direito e ao modo pelo qual a universalidade aparece com base nele e na sociedade capitalista, com aquilo que o autor húngaro chamou de “generidade em-si”. Analisar-se-á as tensões que aparecem no próprio complexo jurídico, procurando explicitar a estrutura e as contradições delas a partir da análise lukacsiana. Assim, procura-se explicitar a decidida crítica ao Direito presente na obra de Lukács ao mesmo tempo em que esta crítica redunda na valorização da ética pelo autor.
Having in mind the lukacsian critic to the “centrality of the ought”, we intend to analyze the matter of ethics on Lukács´ late work – Ontology and Esthetics – having as a departing point the critic of Law and its universality, which, according to the Hungarian Marxist appears as the universality of capitalist society in what he calls "Species in-itself". We intend to analyze the tensions that are inherent to the juridical sphere, trying to explain its structure. As a conclusion, we intent to make clear that the lukacsian ethic is, at certain level, a result of his critic of Law.