O termo “socioambiental” tem sido ampla e indiscriminadamente usado não só empresas, acadêmicos. Podemos entender esse uso não preciso por parte das empresas como uma estratégia de divulgação e busca de um apelo junto ao grande público (fica ao consumidor a reflexão do que Socioambiental”?). No entanto, apesar de já existir uma produção acadêmica considerável com uma preocupação conceitual, têm-se encontrado artigos simplificar uma introdução a estudos de caso em organizações sobre a questão ambiental, e/ou sobre a questão social, laçam mão do termo qualquer preocupação conceitual.
Autores têm usado o esse adjetivo composto - com diferentes grafias - para ilustrar diferentes situações que englobam alguma ação, ou de responsabilidade social com traços de preocupação ambiental ou inversamente ações ambiental com traços de preocupação com algum aspecto social. Em casos extremos, aderindo ao conceito diluído proposto pelo marketing organizacional, simplesmente socioambiental grafia para ambiental ou social, acreditando que uma transversalidade hipotética cria um conceito real.
Esse ensaio propõe uma reflexão por parte do meio acadêmico sobre o conceito e o uso do termo, buscando a linha histórica de duas correntes que podem ser consideradas as criadoras do mesmo nos estudos sobre empresas no Brasil: uma ligada à Gestão Ambiental Empresarial, e outra derivada da discussão sobre a Responsabilidade Social Empresarial.