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Brasil
Este artículo trata sobre la violencia de las epidemias y Covid-19 para los pueblos indígenas en Brasil. Demuestra que, a lo largo de la historia, en casos específicos, la contaminación por enfermedades infecciosas ha caracterizado procesos genocidas que causan sufrimientos y muertes que actualmente se repiten, potenciados por Covid-19. La falta de posibilidades para satisfacer las necesidades materiales y espirituales –relacionadas con la garantía de los derechos territoriales, de identidad, culturales y de autogobierno constitucionalizados– junto con la ausencia de políticas sociales y prácticas de desconstitucionalización de los derechos indígenas por parte del gobierno actual, contribuyen a la configuración de los llamados "genocidios diarios". Por otro lado, además de las consecuencias genocidas, refuerzan las actitudes y acciones coloniales con consecuencias fatales para la vida de los pueblos indígenas de hoy y su trágica proyección para el futuro.
This article deals with the violence of epidemics and Covid-19 for indigenous peoples in Brazil. It shows that, throughout history, in specific cases, contamination by infectious diseases has characterized genocidal processes that have caused suffering and death that are repeated today, enhanced by Covid-19. The lack of possibilities for satisfying material and spiritual needs - related to the guarantee of constitutionalized territorial, identity, cultural and self-government rights -, together with the current government's absence of social policies and practices for the unconstitutionalization of indigenous rights, contribute to the configuration of the called “everyday genocides”. On the other hand, in addition to the genocidal consequences, they reinforce colonial attitudes and actions with fatal consequences for the lives of indigenous peoples today and their projection for the future.
Este artigo trata da violência das epidemias e da Covid-19 para os povos indígenas no Brasil. Demonstra que, ao longo da história, em casos específicos, a contaminação por doenças infectocontagiosas caracterizaram processos genocidas causando sofrimentos e mortes que se repetem na atualidade, potencializadas pela Covid-19. A falta das possibilidades de satisfação de necessidades materiais e espirituais – relacionadas à garantia dos direitos territoriais, identitários, culturais e de autogoverno constitucionalizados –, aliadas à ausência de políticas sociais e práticas de desconstitucionalização dos direitos indígenas pelo atual governo, contribuem para a configuração do denominado “genocídios cotidianos”. Por outro lado, para além das consequências genocidas, reforçam posturas e ações coloniais com consequências fatais para a vida dos povos indígenas na atualidade e sua trágica projeção para o futuro
