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El artículo tiene como objetivo comprender las posibilidades de las prácticas de Reducción de Daños a partir de la pregunta de cómo la tubería / lata constituye la relación de la persona sin hogar con el crack. La experiencia aquí reportada proviene de la realización, a través de la extensión Núcleo de Cidadania Ativa, talleres de tubería con usuarios del Centro Pop de Franca, en alianza con Consultório na Rua. Tales talleres parten del supuesto de que el consumo de crack se ritualiza en una secuencia estereotipada de gestos, dotados de un significado subjetivo, a los que se pueden construir propuestas de autorregulación en la relación entre el individuo y la sustancia. Para eso se utilizó la Investigación-Acción Existencial de René Barbier. Como resultado, observamos la manifestación de seis diferenciaciones entre el uso de una tubería o una lata para el consumo de crack: efectos, nociones de salud, disponibilidad de herramientas, relación entre crack individual, espacio de consumo y producción de "resina". Finalmente, descubrimos que poner en primer plano las tuberías y latas es una estrategia para construir vínculos entre profesionales y usuarios; permitió al equipo del Consultório na Rua acercarse a las prácticas que permean el consumo de crack y las posibilidades de construir nociones de salud en este ritual; que la producción de pipas tenga una cualidad creativa, y en diálogo con la reutilización de materiales desechados.
O artigo tem como objetivo compreender possibilidades de práticas de Redução de Danos a partir do questionamento de como o cachimbo/lata constitui a relação da pessoa em situação de rua com o crack. A experiência aqui relatada advém da realização, através da extensão “Núcleo de Cidadania Ativa”, de oficinas de cachimbo com os usuários do “Centro Pop”, de Franca, em parceria com o “Consultório na Rua”. Tais oficinas partem do pressuposto de que o consumo de crack é ritualizado em uma sequência estereotipada de gestos, dotada de um significado subjetivo, ao qual propostas de autorregulação na relação entre o indivíduo e substância podem ser construídas. Para tanto, fez-se uso da Pesquisa-Ação Existencial, de René Barbier. Como resultados, observamos manifestação de seis diferenciações entre a utilização do cachimbo ou da lata para o consumo de crack: efeitos, noções de saúde, disponibilidade de ferramentas, relação entre indivíduo-crack, espaço de consumo e produção da “resina”. Por fim, constatamos que trazer os cachimbos e latas para primeiro plano é uma estratégia para a constituição de vínculos entre profissionais e usuários. Permitiu a aproximação entre a equipe do “Consultório na Rua”, com as práticas que permeiam o consumo de crack e, também, possibilidades de construção de noções de saúde nesse ritual. A elaboração de cachimbos possui uma qualidade criativa e em diálogo com o reaproveitamento de materiais descartados
The article aims to understand the possibilities of Harm Reduction practices based on the question of how the pipe / can constitutes the relationship of the homeless person with crack. The experience reported here comes from holding, through the Núcleo de Cidadania Ativa extension, pipe workshops with users of Centro Pop de Franca, in partnership with Consultório na Rua. Such workshops start from the assumption that what crack consumption is ritualized in a stereotyped sequence of gestures, endowed with a subjective meaning, to which proposals for self-regulation in the relationship between the individual and the substance can be constructed. For that, René Barbier's Existential Action Research was used. As a result, we observed the manifestation of six differentiations between the use of a pipe or a can for crack consumption: effects, notions of health, availability of tools, relationship between individual-crack, consumption space and production of "resin". Finally, we found that bringing pipes and cans to the foreground is a strategy for building bonds between professionals and users; it allowed the team of the Consultório na Rua to get closer to the practices that permeate the consumption of crack and possibilities to build notions of health in this ritual; that the production of pipes has a creative quality, and in dialogue with the reuse of discarded materials
