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Inés Dussel
En Nietzsche, la genealogía y la historia, Foucault abogó por una historia que haga tajos en el conocimiento establecido y que resista la seducción de las narraciones de reconciliación o consoladoras. Sin embargo, la historiografía educativa tendió a adoptar algunas hipótesis, sobre todo la de la escuela como institución disciplinaria que se presenta en Vigilar y Castigar, que terminaron resultando posiciones cómodas y poco intempestivas, como abogaba Nietzsche. En este artículo propongo una relectura de los planteos foucaultianos sobre la historia de la escuela, y en especial de un trabajo de un autor pos-foucaultiano, Ian Hunter, que publicó en 1994 una obra original sobre la escolarización, así como los debates que suscitó este trabajo. Se busca analizar sus perspectivas historiográficas y sus aportes para una comprensión más rica sobre la emergencia y los efectos de la institución escolar.
In Nietzsche, genealogy and history, Foucault claimed for a history that would cut through historical knowledge and resist the seduction of consoling narratives. However, educational historiography tended to adopt some hypothesis, above all the disciplinarian reading of schooling that is purportedly presented in Surveillance and Punish, that ended in comfortable positions that lost their critical edge. In this article, I propose a re-reading of Foucault’s approach to the history of schooling, and particularly an analysis of a post-Foucaultian intellectual, Ian Hunter, who published in 1994 a highly original work on schooling, along with the debates that this work spurred. I will seek to analyze their historiographical approach and their contributions to a richer understanding of the emergence and effects of schooling.
Em Nietzsche, a genealogia e a história, Foucault defendia uma história que faria cortes no conhecimento estabelecido e resistiria à sedução de narrativas de reconciliação ou de consolação. No entanto, a historiografia educacional tendia a adotar algumas hipóteses, especialmente a da escola como instituição disciplinar que é apresentada em Vigiar e Punir, o que resultou em posições confortáveis e com pouco fio crítico. Neste artigo proponho uma releitura das posições de Foucault sobre a história da escola, e especialmente de uma obra de um autor pós-foucaultiano, Ian Hunter, que publicou em 1994 um trabalho original sobre a escolaridade, bem como os debates que surgiram com este trabalho. O objetivo é analisar suas perspectivas historiográficas e suas contribuições para uma compreensão mais rica da emergência e dos efeitos da instituição escolar.
