The “Indigenous Knowledge Action Project at the School -UFMT Network”is a political action aimed at indigenous school education in order to meet the specific rights of the people from Brazil. In Mato Grosso, it focuses on the continuing education of 115 teachers from 12 indigenous peoples, with a focus on literacy, literacy and numeracy, as well as the production of bilingual teaching material. Respect for their own learning processes, language and culture froman interculturalperspective is a right, and this paper examines this right within the context of the production of teaching materials with three peoples. The collaborative research referencedthe indigenous pedagogies contained within theteaching material and the sociolinguistic policy that permeatesthe historical struggles of the original peoples. The data analysis emphasizes the complexity of political action aimed at school education that considers intercultural knowledge and practices and enables people to build their identities and worldviewsas they also becomeliterate in the world. It is concluded that strategies of solidary learning networks help indigenous communities face challenges and political obstacles, such as the withdrawal of rights and specific public policies that directly impact the indigenous peoples of Brazil.
O “Projeto Ação Saberes Indígenas na Escola –Rede UFMT” é uma ação política voltada à educação escolar indígena a fim de atender os direitos específicos dos povos originários do Brasil. Em Mato Grosso, focaliza a formação continuada de 115 professores de 12 povos indígenas, com vistas a atender a alfabetização, o letramento e o numeramento, bem como a produção de material didático bilíngue. O respeito aos processos de aprendizagem próprios, a língua e a cultura numa perspectiva intercultural é um direito que analisa-se a partir do processo de produção dos materiais didáticos com três povos. A pesquisa colaborativa para a produção de materiais didáticos teve por referência as pedagogias indígenas próprias na produção de material didático e a política sociolinguística que permeia as lutas históricas dos povos originários. Com os dados analisados neste artigo, compreende-se a complexidade da ação política voltada à educação escolar que considere os saberes e práticas interculturais e possibilitem aos povos a construção de suas identidades e cosmovisões, no processo de alfabetizar-se no mundo. Conclui-se que os desafios se sustentam em estratégias de redes solidárias de aprendizagens para o enfrentamento dos percalços políticos com a retirada de direitos e políticas públicas específicas que impactam diretamente os povos indígenas do Brasil