México
This paper addresses the problem of right to the truth from Hayden White’s perspective. The author conceives historical research as narrative, emphasizing its proximity to science and art;
according to his view, results of historical research are determined by the form of speech previously chosen by its author, which grants a certain measure of freedom in the selection of historical facts that constitute its object. It turns out that this freedom can cause not only scientific problems, but also political ones, since narrative freedom makes it difficult to identify a “historical truth” able to guide political action in the present. In the light of these concerns this article evaluates Hayden White’s effort to prevent narrative history from authorizing historical manipulation and negationism, discussing the right to truth’s importance in the political and historiographical discourse.
Através deste trabalho almeja-se enfrentar o direito à verdade a partir da teoria apresentada por Hayden White em suas obras Metahistória e Trópicos do Discurso, nas quais é apresentada a visão da pesquisa histórica como narrativa. A referida vertente histórica é contemporânea e realça a proximidade da história com a ciência, mas também, da arte. Sob estes aspectos, a história abordada na perspectiva "Whiteana" passa a reverenciar a narração na forma de discurso previamente escolhido pelo autor, discernindo entre formas de tropos e enredos, garantindo assim, certa liberdade na seleção dos fatos e eventos históricos. Esta liberdade e autonomia pode contribuir com problemas no desenvolvimento do discurso histórico, como por exemplo, a seleção de certos fatos históricos às custas da ocultação de outros, o que pode ser um problema não só para a ciência, mas principalmente para a política contemporânea. Desta forma, sem a intenção de esgotamento do tema, este manuscrito irá abordar algumas perspectivas do direito à verdade baseando-se nas propostas construídas por Hayden White, observando a sua resposta na tentativa de evitar que a história narrativa seja uma forma autorizadora de manipulação histórica e negação quanto ao acontecimento de eventos notórios, e discorrendo, ainda, sobre a importância do direito à verdade no discurso político.