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José Manuel Ugarte
Las Fuerzas Armadas latinoamericanas son una realidad dinámica más en una región en constante cambio. Mientras en Latinoamérica el antiguo predominio de gobiernos de centro-izquierda y de izquierda ha cedido paso a una gran mayoría de gobiernos conservadores, la integración subregional y regional aparece en franca decadencia, surge entre los Estados entre sí y dentro de ellos un enrarecido clima de lucha ideológica, y la prolongada paz de la región ya no parece un bien que hay que dar por sobreentendido, parece inevitable que ese nuevo clima regional impacte en las Fuerzas Armadas. En este ámbito puede observarse un claro retroceso del control civil o conducción política de la defensa en diversos grados en la mayoría de los Estados, pudiendo también advertirse una creciente tendencia al involucramiento de las referidas Fuerzas en roles no tradicionales militares, particularmente en seguridad interior, y la búsqueda o incluso el logro de cierta autonomía. Mientras el equipamiento y el gasto militar permanecen sin mayores alteraciones, algunos países se han reequipado significativamente, sin que ello se haya traducido hasta el momento en alteraciones o amenazas a la paz.Los máximos interrogantes parecen radicar en las limitaciones y desafíos en materia de control civil y en los efectos del creciente empleo de las Fuerzas Armadas en seguridad interior tanto en materia política –respecto del control civil–, así como el eventual debilitamiento de la democracia y del respeto de los derechos humanos en los países de la región, como también en los nunca descartables efectos que la polarización política pueda producir en materia de tensiones internacionales en la región.
The Latin American Armed Forces are one more dynamic reality in a constantly changing region. While in Latin America the former predominance of center-left and left-wing governments has given way to a large majority of conservative governments, subregional and regional integration appears in clear decline, a climate of ideological struggle arises between the states among themselves and within them, and the prolonged peace in the region no longer seems a good to be taken for granted, it seems inevitable that this new regional climate will impact the Armed Forces. In this area, a clear decline of civil control or political leadership of defense can be observed to various degrees in most States, and a growing tendency to involve the aforementioned forces in non-traditional military roles, particularly in internal security, can also be observed, as well as the search for autonomy by the aforementioned Forces. While military equipment and spending remain almost unchanged, some countries have been significantly re-equipped, without this having produced, at least for the moment, threats to peace.The main questions seem to lie in the limitations and challenges in terms of civilian control and in the effects of the growing use of the Armed Forces in internal security, both in political matters - regarding civilian control - and in the human rights of the population, as well as the eventual weakening of democracy and respect for human rights in the countries of the region, as also in the never ruled out effects that political polarization may produce in terms of international tensions in the region.
As Forças Armadas da América Latina são mais uma realidade dinâmica em uma região em constante mudança. Enquanto na América Latina a antiga predominância de governos de centro esquerda e de esquerda deu lugar a uma grande maioria de governos conservadores, a integração sub-regional e regional aparece em franco declínio, um raro clima de luta ideológica surge entre os estados. e a paz prolongada na região não parece mais uma situacão definitiva. Parece inevitável que esse novo clima regional tenha impacto nas Forças Armadas. Nesta área, um claro declínio no controle civil ou liderança política de defesa pode ser observado em vários graus na maioria dos Estados, e uma tendência crescente de envolver as forças mencionadas em papéis militares não tradicionais, particularmente em segurança interna, como também a busca ou até a conquista pelas Forças Armadas de uma certa autonomia. Embora o equipamento e os gastos militares permaneçam inalterados, alguns países foram significativamente equipados, sem terem sido produzidas até o momento alterações ou ameaças à paz.As principais questões parecem estar nas limitações e desafios no campo do controle civil e nos efeitos do crescente uso das Forças Armadas na segurança interna, tanto em questões políticas - em relação ao controle civil, quanto no eventual enfraquecimento da democracia e do respeito. direitos humanos nos países da região, bem como nos efeitos nunca descartados que a polarização política pode produzir em termos de tensões internacionais na região.
