Málaga, España
En este artículo profundizamos en las tensiones que vive el profesorado cuando las pretensiones del plan curricular y la experiencia vivida en clase no coinciden. A través de una indagación narrativa ahondamos en la experiencia de un docente de Educación Secundaria, deteniéndonos en un periodo en que vivió un fuerte desencuentro con el currículum oficial y la inspección educativa. Posteriormente, a través de un análisis exegético, ponemos en conversación el relato del profesor con la literatura científica, tratando de abrir preguntas e hilos de pensamiento que ayuden a que las tensiones puedan ser vividas de manera fructífera.
El análisis señala a cuatro dimensiones donde se producen las tensiones: necesidades, lenguaje, singularidad de la experiencia y tiempo. Finalmente, el estudio de estas tensiones indica que su origen se sitúa en un marco epistemológico, es decir, es fruto de una fricción entre distintas perspectivas de conocimiento profesional sobre lo educativo, que se terminan convirtiendo en modos diferentes de abordar la planificación y el oficio docente.
In this article we delve into tensions lived by teachers when there is no coincidence between intentions and desires of curricular plan and lived experience. By means of a narrative inquiry we go deep on a high school teacher´s experience and we pause in a short time period in which he lived a disagreement with the educational inspection and the official curriculum. Later, through an exegetical analysis, we relate the teacher´s story with the scientific literature, in order to open new questions and thoughts that help to live tensions in a fruitful way. The analysis points out to three dimensions where tensions are lived: needs, language and time. Finally, the study of these tensions shows that their origin is located in an epistemological framework. It means, they are the result of a friction between different educational knowledge perspectives, which turn out to be different ways of dealing with planning and teacher work.
Neste artigo examinamos as tensões vividas pelos professores quando não há coincidência entre intenções e desejos de plano curricular e experiência vivida. Por meio de uma investigação narrativa, nos analisamos em profundidade a experiência de um professor de ensino secundário e pausamos num curto período de tempo em que ele viveu um desacordo com a inspeção educacional e o currículo oficial. Posteriormente, através de uma análise exegética, relacionamos a história do professor com a literatura científica, a fim de abrir novas questões e pensamentos que ajudem a viver as tensões de forma útil. A análise aponta para três dimensões em que as tensões são experimentadas: necessidades, linguagem e tempo.
Finalmente, o estudo dessas tensões mostra que sua origem está localizada num âmbito epistemológico. Isso significa que eles são o resultado de um conflito entre diferentes perspetivas de conhecimento educacional que se revelam ser diferentes maneiras de lidar com o planeamento e o trabalho docente.