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Ana María Otero Cleves
Este artículo explora cómo tomaron forma las ideas del consumidor de la América Hispánica de fines del siglo XVIII y principios del XIX. Señala que los debates atlánticos sobre el consumo, por un lado, y sobre la diferencia racial, por el otro, proporcionaron un terreno común en el que visitantes extranjeros, diplomáticos y comentaristas, así como intelectuales de la élite colombiana, pudieron crear conjuntamente una idea positiva del consumidor hispanoamericano. El artículo demuestra que para aquellos que tenían intereses políticos o económicos en la región era posible concebir que los indios, negros y ‘razas mezcladas’ de Hispanoamérica podrían superar gradualmente su ‘atraso’ mediante la adopción de nuevas prácticas de consumo. El consumo de nuevas necesidades por parte de los sectores populares hispanoamericanos se volvió, para muchos de estos comentaristas, una fuerza civilizadora irrefutable.
This article explores how late eighteenth- and early nineteenth-century ideas of the Spanish American consumer took shape. It argues that Atlantic debates on consumption, on the one hand, and on racial difference, on the other, provided a common ground on which foreign visitors, diplomats and commentators, as well as Colombian elite intellectuals, could jointly create a positive idea of the Spanish American consumer. The article demonstrates that, in the eyes of those who had either political or economic interest in the region, it was possible for Spanish American Indians, Blacks and ‘mixed races’ to gradually overcome their ‘backwardness’ by adopting new practices of consumption. The consumption of new necessities by the Spanish American popular sectors became, for many of these commentators, an irrefutably civilising force.
Este artigo explora como se formaram ideias sobre o consumidor Hispano-Americano no final do século dezoito e começo do século dezanove. Também argumenta que debates Atlânticos, que de um lado abordavam consumo e de outro a diferença racial, proporcionaram um consenso sobre o qual visitantes estrangeiros, diplomatas, comentaristas, e também intelectuais da elite Colombiana, puderam criar uma ideia positiva do consumidor Hispano-Americano. Este artigo demonstra que aos olhos dos que tinham interesse político ou económico na região, era possível para os índios Hispano-Americanos, negros e miscigenados gradualmente superar seus estados de ‘atraso’ através da adopção de novas práticas de consumo. O consumo de novas necessidades pelos sectores populares Hispano-Americanos se tornou, para muitos destes comentaristas, uma força civilizadora irrefutável.
