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Roberto Sani 
La storia dell’infanzia e dell’educazione infantile ha conosciuto, in Italia, un effettivo sviluppo solamente nel corso degli ultimi quarant’anni. All’origine di siffatto ritardo si collocano diversi fattori. In primo luogo, il prevalere, fino agli anni Settanta, nell’ambito della storiografia italiana, della matrice etico-politica di derivazione hegeliano-idealistica, alla quale non hanno saputo sottrarsi neppure gli storici di formazione marxista. In secondo luogo, il grave ritardo con cui la ricerca storico-pedagogica –troppo a lungo confinata entro gli angusti limiti della storia delle dottrine pedagogiche e delle teorie filosofiche dell’educazione –ha maturato la propria identità e autonomia epistemologica e culturale e si è dotata delle metodologie e dei quadri concettuali propri dell’indagine storiografica. Il presente contributo si fonda sulla consapevolezza che la storia dell’infanzia –per il carattere «sfuggente»dell’oggetto da studiare e per il suo collocarsi in una zona di confine tra differenti settori e ambiti di ricerca –implica un approccio articolato e complesso, capace di consentire diversi livelli di analisi e di lettura; necessita quindi dell’apporto di molteplici competenze storiografiche in prospettiva interdisciplinare (la storia sociale, quella delle istituzioni e delle pratiche educative, ma anche la storia della mentalità, dei processi culturali ecc.). Esso si compone di due parti distinte e intende focalizzare l’attenzione sulle indagini compiute, sulla situazione attuale e sui futuri sviluppi della ricerca nel settore. Nella prima parte, dopo aver fornito un’ampia rassegna delle ricerche e degli studi dedicati alla storia dell'infanzia e dell’educazione infantile pubblicati in Italia negli ultimi decenni, l’Autore approfondisce talune questioni concernenti l’impostazione metodologica e storiografica di tali studi. In particolare, egli si sofferma su talune tematiche e questioni della storia dell’infanzia e della sua educazione ancora poco o per nulla indagate dagli studiosi, nonché sulla tendenza comune a diversi contributi apparsi negli ultimi decenni a definire e ad interpretare le vicende storiche dell’infanzia sulla base di un approccio per «modelli» desunto un po’ acriticamente dalle scienze sociali, il quale, alla prova dei fatti, non sembra tenere adeguatamente presente la complessità dei processi storico-culturali ed educativi che hanno interessato la penisola. Nella seconda parte del lavoro, allo scopo di favorire l’ampliamentoe l’affinamento dell’indagine storica su questo versante, l’Autore si propone di illustrare l’importanza che rivestono taluni itinerari di ricerca e talune fonti ancora poco o per nulla utilizzate dagli studiosi ai fini dell’approfondimento della storia dell'infanzia e della sua educazione nell’Italia contemporanea (secoli XIX-XX). Relativamente a questo aspetto, un’attenzione particolare è riservata al ruolo –ancora in larga misura da approfondire –esercitato dalla Chiesa cattolica nell’assistenza e nell’educazione religiosa e civile dell’infanzia, come del resto nella costruzione di un determinato immaginario infantile nel mondo adulto.
The history of childhood and childhood education has experienced, in Italy, a real development only in the last forty years. The reason of such a delay is due to several factors. First of all, the prevalence in the Italian historiography, until the seventies, of the ethical-political matrix derived from Hegel's idealism, which wasn't avoided not even by the Marxist historians. Secondly, the serious delay with which the historical-pedagogical research - for a too long period of time confined within the narrow limits of the history of pedagogical doctrines and of the philosophical theories of education- has developed its own cultural and epistemological identity and autonomy and the methodologies and conceptual frameworks typical of the historiographical research. This paper is based on the awareness that the history of childhood - for the «elusive» character of the object to be studied and for its being placed in a border area between different sectors and fields of research - involves a complex and structured approach, able to allow different levels of analysis and reading; thus requiring the contribution of various historiographical skills in an interdisciplinary perspective (social history, that of institutions and educational practices, but also the history of mentalities, cultural processes, etc.). It consists of two separate parts, and is meant to focus on the previous investigations, on the current situation and on the future developments in this field of research. In the first part, after having provided an extensive review of the research and studies on the history of childhood and on childhood education published in Italy in the last decades, the Author analyzes certain issues relating to the methodological and historiographical organization of these studies. In particular, he focuses on some themes of the history of childhood and its education little or not at all investigated by scholars, as well as on the trend typical of several papers appeared in the last decades to define and interpret the historical events of childhood on the basis of an approach using «models», derived, a little bit uncritically, from the social sciences, which does not seem to adequately take into consideration the complexity of the educational and cultural-historical processes that have affected Italy. In the second part of the work, in order to facilitate the expansion and the refinement of the historical investigation on this issue, the Author aims to illustrate the importance of certain research and of some sources still little or not used by scholars to analyze the history of his childhood and education in contemporary Italy (XIX-XX centuries). For what concerns this aspect, a special attention is given to the role - still largely to be explored - of the Catholic Church in the support and in the religious and civil education of childhood, as well as in the construction of a certain children imagination in the adult world.
A história da educação infantil e da infância conheceu, na Itália, um verdadeiro desenvolvimento somente nos últimos quarenta anos. A origem de tal atraso são colocados em vários factores . Em primeiro lugar, a prevalência , até que os setenta anos, como parte da historiografia italiana, a matriz derivada do ético-político –idealista de Hegel, que não tenham ainda sido capaz de evitar a formação de historiadores marxistas. Em segundo lugar, o grave atraso no histórico-pedagógico –levando tempo demais sendo confinados dentro dos limites estreitos da história das doutrinas teorias pedagógicas e filosóficas da educação –tem desenvolvido a sua própria identidade, autonomia, características culturais, epistemológicos metodologias e estruturas conceituais próprias do levantamento historiográfico. Esta contribuição é baseada na consciência de que a história da infância –para o personagem objeto «indescritível» a ser estudado e colocou-a em uma área de fronteira entre diferentes setores e campos de pesquisa –envolve uma abordagem complexa e multi-facetada, capaz de permitir diferentes níveis de análise e leitura; exige, portanto, a entrada de várias habilidades historiográficas em perspectiva interdisciplinar (história social, a de instituições e práticas de ensino, mas também a história das mentalidades, processos culturais, etc.). É composto por duas partes distintas, e pretende concentrar-se nas investigações realizadas, a situação atual e desenvolvimentos futuros no campo da pesquisa. Na primeira parte, após a apresentação de uma extensa revisão das pesquisas e estudos dedicado à história da educação infantil e da infância publicada na Itália nas últimas décadas, o autor investiga certas questões relativas à metodologia e historiografia desses estudos. Em particular, ele se concentra em determinados temas e questões da história da infância e da sua educação ainda pouco ou não investigado por estudiosos, bem como a tendência comum em diversas contribuições têm surgido nas últimas décadas para definir e interpretar os acontecimentos históricos de’ infância com base em uma abordagem de «modelos» derivando um pouco de forma acrítica das ciências sociais, o que, na evidência dos fatos, não parecem ter devidamente em conta a complexidade dos processos de ensino e histórico-culturais que afetaram a península. Na segunda parte do trabalho, a fim de facilitar a expansão e o aperfeiçoamento da investigação histórica sobre este assunto, o autor tem como objetivo ilustrar a importância de certas rotas de pesquisa e algumas fontes ainda pouco ou nunca usadas, por estudiosos para aprofundar a história de sua infância e educação na Itália contemporânea (séculos XIX-XX). No que diz respeito a este aspecto, é dada especial atenção ao papel –ainda em grande parte a ser explorado –exercida pela Igreja Católica e na assistência da infância religiosa e civil, como a construção de um certo imaginário infantil em mundo adulto
