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Ana Rosa Pérez Ransanz
Aquí presento una reconstrucción esquemática de la evolución del pensamiento epistemológico 155 de León Olivé, en la cual se distinguen tres etapas. La primera se caracterizaría por el intento de Olivé de formular una teoría social del conocimiento que, a la vez, estuviera engarzada con una epistemología realista en sentido fuerte. La segunda etapa estaría marcada por el cambio que experimentaron las ideas de Olivé sobre la racionalidad, cambio que precipitó el abandono de su compromiso con un realismo de corte metafísico. Por último, la tercera etapa se caracterizaría por el giro pragmatista (no meramente pragmático) que Olivé le imprimió a su epistemología; de aquí que las prácticas cognitivas hayan adquirido un lugar central y se haya reforzado el carácter social, plural y naturalizado de su teoría del conocimiento. En esta última etapa, la vuelta de tuerca pragmatista fue la clave que lo condujo a las metas que vislumbró desde el inicio de su proyecto: formular una epistemología congruente con el fenómeno de la diversidad cultural, adecuada para analizar los problemas ético-políticos que plantea el desarrollo científico y tecnológico en una sociedad basada en el conocimiento.
Here I present a schematic reconstruction of the development of León Olivé’s epistemological thought, in which three stages are identified. The first one is defined by Olivé’s attempt to formulate a social theory of knowledge that, at the same time, would be strongly linked to epistemological realism. The second stage is marked by the change experienced by Olivé’s ideas on rationality, a change that precipitated the abandonment of his commitment to metaphysical realism. Finally, the third stage is defined by the pragmatist (not merely pragmatic) turn that Olivé stamped on his epistemology, so cognitive practices acquired a central role in his general theory of knowledge, which, in turn, reinforced the social, plural and naturalized character of his epistemology. In this last stage, the pragmatist turn was the key that led Olivé to the goals he glimpsed since the beginning of his project: to frame an epistemology consistent with the phenomenon of cultural diversity, appropriately suited to analyze the ethical and political problems posed by scientific and technological development in a knowledge-based society.
Apresento aqui uma reconstrução esquemática da evolução do pensamento epistemológico de León Olivé, na qual se distinguem três fases. A primeira seria caracterizada pela tentativa de Olivé de formular uma teoria social do conhecimento que, ao mesmo tempo, estivesse encadeada a uma epistemologia realista em um sentido forte. A segunda fase estaria marcada pela mudança experimentada pelas ideias de Olivé sobre a racionalidade, mudança que precipitou o abandono de seu compromisso com um realismo metafísico. Por fim, a terceira etapa seria caracterizada pela virada pragmatista (não meramente pragmática) que Olivé imprimiu em sua epistemologia; daí que as práticas cognitivas tenham adquirido um lugar central e reforçado o carácter social, plural e naturalizado de sua teoria do conhecimento. Nesta última fase, a virada pragmatista foi a chave que o levou aos objetivos vislumbrados desde o início do seu projeto: formular uma epistemologia coerente com o fenômeno da diversidade cultural, adequada para a análise dos problemas ético-políticos colocados pelo desenvolvimento científico e tecnológico em uma sociedade baseada no conhecimento.
