Ana Maria Dias Simões, José Azevedo Rodrigues
A investigação em contabilidade e controlo de gestão tem sido desenvolvida à luz de três paradigmas teóricos, a saber: positivista, interpretativo e crítico. Este artigo aborda a teoria institucional enquanto teoria social usada pela perspectiva teórica interpretativa para estudar a contabilidade. Para além de reunir um conjunto de contributos teóricos, este artigo tem como objectivos apresentar a Velha Economia Institucional e o framework teórico de Burns e Scapens (2000) como enquadramentos teóricos para a investigação em contabilidade e controlo de gestão. São também sistematizadas as suas principais limitações e identificadas oportunidades para a realização de novos trabalhos de investigação na contabilidade. Os resultados obtidos mostram que a Velha Economia Institucional tem proliferado na investigação em contabilidade e controlo de gestão, em particular, a partir da década de 80. Não obstante, e como qualquer outra teoria, a Velha Economia Institucional apresenta limitações que sistematizamos neste artigo. O estudo conclui que a evolução da Velha Economia Institucional,no estudo da contabilidade, está dependente da capacidade dos investigadores em aceitarem investigar e desenvolver as limitações e insuficiências referenciadas, procurando, por um lado, desenvolver a teoria e, por outro, teorizar aquilo que os práticos fazem.
Research on management accounting and control has been conducted under three theoretical paradigms: ositivist,interpretative and critical. This article approaches the institutional theory as a social theory used by the interpretative perspective to study accounting. Besides gathering a set of theoretical contributions, this article aims to present the Old Institutional Economics and the theoretical framework of Burns and Scapens (2000) as theoretical frameworks for management accounting and control research. Its main limitations and opportunities for further research on accounting are also identified. Results obtained show that Old Institutional Economics has been proliferating in research of managemnt accounting and control, in particular, in the decade of 80. Notwithstanding, and like any other theory, the Old Institutional Economics presents limitations that we systematize in this article. The study concludes that the evolution of the Old Institutional Economics, in the study of accounting, is dependent on the ability of the researchers on accepting to realize research and develop the limitations and insufficiencies pointed, seeking, on one hand, to develop the theory and, on the other, theorize on what the practitioners do.