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En este artículo se analiza la heterogeneidad constitutiva de los mercados agroecológicos campesinos (mac). Esta es valorada como fundamental para la construcción de relaciones entre actores y para la realización de acciones colectivas orientadas a fortalecer la práctica de alimentación agroecológica y a lograr el propósito de “Hambre cero” promulgado en los Objetivos de Desarrollo Sostenible (ods). Se emplea la etnografía multilocal (Marcus, 2001) como enfoque metodológico para estudiar dinámicas microsociales que se producen en los mac y en las fincas de producción agroecológica conectadas con ellos. El mac de Asoproorgánicos en la ciudad de Cali se privilegia como lugar para situar el estudio, en el que se generan datos cualitativos mediante entrevistas y observaciones consignadas en diarios de campo entre octubre del 2015 y noviembre del 2017. Se propone el análisis simétrico de los datos (Rodríguez-Giralt, 2009) para conceptualizar las entidades sociales, naturales y tecnológicas que configuran los mac, como construcciones cuya principal característica es la heterogeneidad que se produce entre ellas (Doménech y Tirado, 1998). Se analizan cuatro dimensiones de la heterogeneidad: a) material, referida a la asociación de entidades humanas y no humanas; b) espacial, como efecto de diferentes modos de practicar el espacio; c) temporal, configurada a partir de tiempos reversibles, irreversibles y narrados; y d) heterogeneidad de poder, asociada con las tensiones y fuerzas mediante las que se regula el colectivo (Mendiola, 2003). Se concluye que el estudio de la heterogeneidad contribuye a la ampliación de repertorios teóricos en ciencias sociales, específicamente en psicología social, y que esta es fundamental para la construcción de relaciones entre múltiples actores. Construir y mantener la asociación de heterogeneidades es una acción que involucra múltiples tensiones, afectos y resultados inesperados, dado que esta no se reduce a una variación de la homogeneidad. Su comprensión puede fortalecer el potencial de los mac para lograr cambios sociales a través de prácticas alimentarias sostenibles y, de este modo, hacer posibles los cursos de acción trazados por los Movimientos Sociales por la Soberanía Alimentaria (mssa).
Neste artigo, analisa-se a heterogeneidade constitutiva dos mercados agroecológicos camponeses (mac). Ela é avaliada como fundamental para a construção de relações entre atores e para a realização de ações coletivas orientadas a fortalecer a prática de alimentação agroecológica e atingir o objetivo de “Fome zero”, promulgado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Utiliza-se a etnografia multilocal (Marcus, 2001) como abordagem metodológica para estudar as dinâmicas microssociais que são produzidas nos mac e nas propriedades rurais de produção agroecológica conectadas com eles. O mac de Asoproorgánicos na cidade de Cali (Colômbia) é considerado um lugar privilegiado para posicionar o estudo, no qual são gerados dados qualitativos mediante entrevistas e observações relacionadas em diários de campo entre outubro de 2015 e novembro de 2017. Propõe-se uma análise simétrica dos dados (Rodríguez-Giralt, 2009) para conceituar as entidades sociais, naturais e tecnológicas que configuram os mac, como construções cuja principal característica é a heterogeneidade produzida entre elas (Doménech e Tirado, 1998). Analisam-se quatro dimensões da heterogeneidade: a) material, referida à associação de entidades humanas e não humanas; b) espacial, como efeito de diferentes modos de praticar o espaço; c) temporal, configurada a partir de tempos reversíveis, irreversíveis e narrados, e d) heterogeneidade de poder, associada com as tensões e as forças mediante as quais o coletivo é regulado (Mendiola, 2003). Conclui-se que o estudo da heterogeneidade contribui para ampliar repertórios teóricos em ciências sociais, especificamente em psicologia social, e que esta é fundamental para construir relações entre múltiplos atores. Construir e manter a associação de heterogeneidades é uma ação que envolve tensões, afetos e resultados inesperados, dado que ela não se reduz a uma variação da homogeneidade. Sua compreensão pode fortalecer o potencial dos mac para conseguir mudanças sociais por meio de práticas alimentares sustentáveis e, desse modo, tornar possíveis os cursos de ação traçados pelos Movimentos Sociais pela Soberania Alimentar.
The article analyzes the constitutive heterogeneity of agroecological farmers’ markets (mac, according to their acronym in Spanish), considered to be fundamental for the construction of relations among actors and development of collective actions aimed at strengthening the agroecological food practice and achieving the “Zero Hunger” objective set forth in the Sustainable Development Goals (SDGs). Multilocal ethnography (Marcus, 2001) serves as the methodological approach to study the micro-social dynamics produced in macs and on the agroecological production farms associated with them. The site selected for the study was the Asoproorgánicos mac in the city of Cali, where we gathered qualitative data through interviews and observations registered in field diaries between October 2015 and November 2017. Symmetrical analysis of data (Rodríguez-Giralt, 2009) was used to conceptualize the social, natural, and technological entities that make up macs, such as buildings characterized by their heterogeneity (Doménech and Tirado, 1998). Four dimensions of heterogeneity are analyzed: a) material heterogeneity, which refers to the association between human and non-human entities; b) spatial heterogeneity, as an effect of different ways of practicing space; c) temporal heterogeneity, shaped on the basis of reversible, irreversible, and narrated times; and d) power heterogeneity, related to the tensions and forces regulating the collective (Mendiola, 2003). We were able to conclude that the study of heterogeneity contributes to broadening the theoretical repertoires of the social sciences, specifically of social psychology, and that it is essential in building relations among multiple actors. Building and maintaining the association of heterogeneities is an action that involves numerous tensions, affects, and unexpected results, given that what is at stake is not a mere variation of homogeneity. The understanding of heterogeneity can strengthen the potential of macs to achieve social changes through sustainable food practices, thus making possible the courses of action traced by Food Sovereignty Social Movements (mssa, according to their acronym in Spanish).
