Em Oaxaca (México), a comunalidade como pensamento contra-hegemônico permeou o movimento magisterial indígena, contribuindo para o reconhecimento da existência da geopolítica do conhecimento como estratégia da modernidade/colonialidade na escola. Nesse contexto nasceu a proposta de educação indígena comunitária. O artigo mostra, com evidências etnográficas, a construção cotidiana de um dos projetos: o modelo das Secundárias Comunitárias Indígenas (SCI), concebido como projeto de emancipação epistêmica. Com o fim de contribuir com a discussão sobre práticas pedagógicas decoloniais que promovem a construção de um pensamento-outro nos jovens, analisa uma prática escolar na qual duas formas de pensar a educação indígena entre duas gerações se tensionam. Com essa evidência, é discutida a pertinência do modelo de Educação Intercultural Bilíngue (EIB) no México, dirigido aos povos indígenas.
In Oaxaca (Mexico), communality understood as a counter-hegemonic “thinking otherwise” permeated the indigenous teachers’ movement, as it helped identify the existence of a geopolitics of knowledge as a strategy of modernity/coloniality. The present article offers ethnographically based evidence on the everyday construction of one of the community education projects: the model of the Secundarias Comunitarias Indígenas (SCI) of the state of Oaxaca, which was conceived as a project of epistemic emancipation. It contributes to the ongoing discussion on decolonizing (or decolonial) practices that might promote the construction of "ways of thinking otherwise" among young people, by analyzing the tensions that arise between two generations in practices that reveal two ways of conceiving indigenous education. Based on this analysis, the article discusses the relevance of the Educacion Intercultural Bilingüe model in Mexico for indigenous peoples is discussed.
En Oaxaca (México) la comunalidad como pensamiento contra-hegemónico permeó en el movimiento magisterial indígena, aportando al reconocimiento de la existencia de una geopolítica de conocimientos como estrategia de la modernidad/colonialidad. El artículo pretende contribuir con evidencias etnográficas la construcción cotidiana de uno de los proyectos de educación comunitaria: el modelo de las Secundarias Comunitarias Indígenas (SCI) del estado Oaxaca, concebido como un proyecto de emancipación epistémica. Con el fin de aportar a la discusión sobre prácticas decoloniales que promueven la construcción de un pensamiento-otro en los jóvenes, analiza una práctica escolar donde se tensionan dos formas de concebir la educación indígena entre dos generaciones. A partir de las evidencias se discute la pertinencia del modelo de Educación Intercultural Bilingüe (EIB) en México dirigido a los pueblos indígenas.