, Saulo Pequeno, Patrícia Lima Martins Pederiva
Este artículo buscó comprender los procesos educativos de la tradición oral de matriz africana en Brasil, entendiendo la transmisión de saberes tradicionales como proceso de constitución humana. Esta tradición oral, fundada en la ancestralidad, trae en su esencia el carácter de la resistencia a la colonización desde su origen, y permanece resistiendo, transmitiendo oralmente sus saberes, memoria e historia. Así, se puede afirmar que los procesos educativos de la tradición oral de matriz africana constituyen en sus detentores un posicionamiento combativo y resistente a las opresiones del sistema-mundo moderno / colonial. Se realizó una etnografía en grupos y comunidades tradicionales de matriz africana ubicadas en dos ciudades del estado de Bahía, Brasil: la Casa de Oxumarê, en Salvador, y en las culturas tradicionales como el Samba de Roda, la Chegança y la Renda de Bilros en Saubara. El objetivo fue investigar cómo ocurren los procesos educativos por la oralidad y cómo contribuyen a la constitución humana de sus detentores. A partir del campo se enuncia que el ejercicio de la conciencia ancestral se convierte en elemento educativo anticolonial, en el que los grupos y comunidades tradicionales de matriz africana en Brasil permanecen reafirmando ante el mundo sus formas de educar, resistir y reexistir.
Este artigo buscou compreender os processos educativos da tradição oral de matriz africana no Brasil, entendendo a transmissão de saberes tradicionais como processo de constituição humana. Esta tradição oral, fundada na ancestralidade, traz na sua essência o caráter da resistência à colonização desde a sua origem, e permanece resistindo, transmitindo oralmente seus saberes, memória e história. Assim, pode-se afirmar que os processos educativos da tradição oral de matriz africana constituem em seus detentores um posicionamento combativo e resistente às opressões do sistema-mundo moderno/colonial. Foi realizada etnografia em grupos e comunidades tradicionais de matriz africana localizadas em duas cidades do estado da Bahia, Brasil: a Casa de Oxumarê, em Salvador, e nas culturas tradicionais como o Samba de Roda, a Chegança e a Renda de Bilros em Saubara. O objetivo foi investigar como acontecem os processos educativos pela oralidade e como contribuem para a constituição humana de seus detentores. A partir do campo enuncia-se que o exercício da consciência ancestral torna-se elemento educativo anticolonial, em que os grupos e comunidades tradicionais de matriz africana no Brasil permanecem reafirmando perante o mundo suas formas de educar, resistir e reexistir.
This article discusses the educative processes in the oral tradition of the African matrix in Brazil, understanding the transmission of traditional knowledges as a process of human constitution. This oral tradition, built upon ancestry, brings in its essence the resistance to the colonization and keeps resisting, transmitting orally the traditional knowledges, memory and history. The educative process in the oral tradition of African matrix constitute in their holders a combative posture to the oppressions of the modern/colonial world-system. The article is result of an ethnography in groups and communities of oral tradition in two cities in the state of Bahia, Brazil: the Casa de Oxumarê, in the city of Salvador, and in the traditional cultures of Samba de Roda, Chegança and Renda de Bilros in the city of Saubara. It investigates how the educative processes occur through orality and how they contribute to the human constitution of their holders. It concludes that the ancestry consciousness is the anti-colonial educative element, in which the traditional groups and communities of African matrix in Brazil keep reaffirming to the world their ways of educating, resisting and re-existing.