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Entrepreneurship is often perceived as a means to boost economic activity, to achieve convergence and the development of regions. It is expected that the creation of new businesses, by stimulating the development of regions, will lead to low levels of regional poverty. However, the empirical evidence on this topic is scarce, focusing mainly on the study of regions in developed countries. Based on the 278 municipalities of mainland Portugal, to which a descriptive statistical analysis and multivariate regression estimation was applied, we conclude that, on average, the more entrepreneurial these regions (mainly rural), the poorer they are. This result raises serious doubts about the capacity and effectiveness of recent policies addressed at the creation of start-ups, particularly in rural areas, intended to boost these regions economically and break the cycle of poverty that characterizes them.
O empreendedorismo é frequentemente visto como um mecanismo capaz de impulsionar a atividade económica, com vista à convergência e ao desenvolvimento das regiões. A expetativa é a de que a criação de novos negócios ao estimular o desenvolvimento das regiões conduzirá a baixos níveis de pobreza regional. No entanto, a evidência empírica sobre este tópico é escassa, principalmente tendo como objeto de análise regiões de países desenvolvidos. Tendo por base os 278 municípios de Portugal Continental, recorrendo a uma análise estatística descritiva e estimações de regressão multivariáveis, concluímos que as regiões (sobretudo rurais) mais empreendedoras são regiões, em média, mais pobres. Tal resultado lança sérias dúvidas sobre a capacidade e eficácia de políticas recentes no domínio da criação de empresas, nomeadamente nas áreas rurais, para dinamizar economicamente essas regiões e quebrar o ciclo de pobreza que as caracterizam
