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Este artículo estudia las dimensiones de género, sexo y cuidado en los campos de desempeño y en la configuración de las trayectorias laborales de profesionales que se graduaron de la carrera de Antropología en la Universidad Nacional de Colombia, entre 1985 y el 2010. Se basa en una investigación cualitativa con perspectiva biográfica, etnográfica e histórica cuyo núcleo empírico fueron 35 entrevistas (34 en profundidad y una grupal) con dieciocho mujeres y diecinueve hombres que fueron seleccionados según una muestra conceptual que cruzó tres periodos de graduación (1985-1991; 1992-2005 y 2006-2010), procedencia geográfica, origen socioeconómico, sexo, generación, edad, estado civil y campo de desempeño profesional. En este trabajo se analizó la manera como las obligaciones con la familia de origen, la parentela y la prole, así como el cuidado de sí, han motivado pausas en la formación o postergación de la titulación y determinado diferencias sobre las opciones laborales y de contratación según el sexo de las personas entrevistadas. Con base en lo anterior, se puede concluir que las representaciones y prácticas de género en el campo profesional, de la ciencia y la técnica han modulado las asimetrías en las trayectorias laborales de las antropólogas y los antropólogos que fueron entrevistados, así como las de sus pares. El texto explora, además, cómo su devenir profesional ha estado a la vez marcado por condiciones del trabajo y contratación dispares y muchas veces precarias. Finalmente, este artículo propone —y muestra— que el cruce analítico de las categorías género, ética del cuidado y trabajos del cuidado arroja luces y contribuye al entendimiento de las particularidades del ejercicio y orientación de la antropología en Colombia, ya reseñadas y analizadas por la literatura académica disponible. Esto se logra mediante el análisis de la cultura de pares que ha caracterizado a esta disciplina y el choque entre jerarquías laborales y morales que ha regido sus campos de desempeño profesional.
This article examines how gender, sex, and care work have shaped the professional practices and labor careers of several cohorts of anthropologists who obtained their undergraduate degree from Universidad Nacional de Colombia between 1985 and 2010. Our findings draw on a qualitative research project that combined ethnographic, biographical, and historical approaches. We conducted 35 interviews (34 in-depth interviews and one group interview) with eighteen women and nineteen men, who fulfilled the following criteria of a conceptual sample: three graduation periods (1985-1991; 1992-2005; and 2006-2010), place of birth, socioeconomic status, sex, generation, age, marital status, and field of professional practice. We analyze the ways in which the obligations assumed by our interviewees with their parents, relatives, and offspring, and with their own self-care, have led them to interrupt their training or delay their graduation. We also explore how these kinship duties have resulted in differing and gender-biased work options and employment histories for men and women. We argue that both gender representations and practices of professional and applied anthropology and of science and technology have conditioned the asymmetrical careers of these anthropologists, as well as those of their peers. This paper explores, in addition, how their work histories have also been marked by unsatisfactory and often precarious work and employment conditions. Finally, we purport that an intersectional analysis of gender, ethics of care, and care work contributes to the understanding of Colombian anthropology´s distinct practices and orientations. We support this argument by analyzing the peer culture that invigorates this discipline and fuels confrontation between the labor and moral hierarchies that govern its professional and applied fields.
Este artigo estuda as dimensões de gênero, sexo e cuidado nos campos de desempenho e na configuração das trajetórias trabalhistas de profissionais que se formaram em antropologia na Universidad Nacional de Colombia, entre 1985 e 2010. Baseia-se numa pesquisa qualitativa com perspectiva biográfica, etnográfica e histórica, cujo núcleo empírico foram 35 entrevistas (34 em profundidade e uma grupal) com 18 mulheres e 19 homens selecionados segundo uma amostra conceitual que cruzou três períodos de graduação (1985-1991; 1992-2005 e 2006-2010), procedência geográfica, origem socioeconômica, sexo, geração, idade, estado civil e campo de atuação profissional. Neste trabalho, foi analisada a maneira como as obrigações com a família de origem, a parentela e a prole, bem como o cuidado de si têm motivado pausas na formação ou adiamento da titulação e determinado diferenças sobre as opções profissionais e de contratação de acordo com o sexo das pessoas entrevistadas. Assim, pode-se concluir que as representações e as práticas de gênero no campo profissional, da ciência e da técnica têm moldado as assimetrias nas trajetórias trabalhistas das/os antropólogas/os entrevistadas/os, bem como as de seus pares. Além disso, este texto explora como seu futuro profissional tem estado ao mesmo tempo marcado por condições do trabalho e da contratação díspares e muitas vezes precárias. Finalmente, o artigo propõe —e mostra— que o cruzamento analítico das categorias gênero, ética do cuidado e trabalhos do cuidado esclarece as particularidades do exercício e da orientação da antropologia na Colômbia, já resenhadas e analisadas pela literatura acadêmica disponível, e contribui para seu entendimento. Isso se consegue pela análise da cultura de pares que tem caracterizado essa disciplina e o choque entre hierarquias organizacionais e morais que tem regido seus campos de atuação profissional.
