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Laurence Dumoulin, Christian Licoppe
Filmer et retransmettre des audiences d’une part et les réaliser par visioconférence d’autre part sont, en général, abordés à travers des prismes analytiques séparés. À partir du cas français, cet article s’attache à démontrer que les deux activités présentent des caractéristique communes. Nous prétendons ainsi mettre en lumière les liens, réels bien que discrets, que ces deux activités entretiennent empiriquement en France. Nous mettons aussi en évidence quelques problématiques convergentes, autour de la notion d’audience d’abord, et des différentes conceptions de la présence, de la participation à l’audience et de la publicité de celle-ci, ensuite.
A filmagem e transmissão de audiências, por um lado, e por outro lado a realização destas por videoconferência são fenómenos que, de um modo geral, têm vindo a ser abordados com base em perspetivas analíticas distintas. O presente artigo visa servir-se da experiência francesa para demonstrar que, em verdade, ambos apresentam caraterísticas comuns. Procuramos, assim, pôr em evidência as ligações empíricas efetivas, ainda que discretas, verificadas no caso francês, bem como sublinhar algumas problemáticas suscitadas, quer pela própria ideia de audiência, quer pelas diferentes conceções daquilo que é estar presente e participar numa audiência e conferir-lhe caráter público.
Filming and transmitting hearings on the one hand, and conducting them by videoconferencing on the other, are generally addressed through different issues and analytical lenses. In this paper we have used the French experience to show that, in fact, the two activities have some features in common. We have tried to highlight the real but discreet empirical connections between them in France and to underscore a few convergent issues with regard to the concept of a trial and the various conceptions of both presence at and participation in a hearing, as well as of publicness.
