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Lina Gálvez Muñoz 
, Paula Rodríguez-Modroño
This paper analyses the consequences of the latest recession and austerity measures for the working and living conditions of women and men in Spain, as well as the extent to which gender and other related inequalities are being modified or aggravated. Women are taking on additional responsibilities in terms of unpaid care work due to welfare cuts and privatization, while still facing discrimination in the labour market and in accessing resources and decision-making centres. This refamiliarization of care, together with increasing job insecurity, could have a major negative impact on the well-being of women and their present and future opportunities, which may endanger the fragile gains achieved in terms of gender equality.
Cet article analyse les conséquences des dernières mesures de récession et d'austérité sur les conditions de vie et de travail d'hommes et de femmes en Espagne et jusqu'à quel point le genre et autres inégalités s'y rapportant se sont modifiés ou aggravés. Les femmes prennent des responsabilités additionnelles en ce qui concerne le travail de prestation de soins non rémunéré à cause des réductions dans les apports de la sécurité sociale et des privatisations, tout en continuant à faire face à des discriminations dans le marché du travail et dans l'accès aux ressources et aux centre de prise de décision. La re-familiarisation des soins, jointe à l'insécurité de plus en plus marquée de l'emploi peut avoir un impact négatif important sur les femmes et sur leurs opportunités présentes et futures capables de mettre en danger les fragiles acquis obtenus en termes de égalité de genre.
Este artigo analisa as consequências da última recessão e das medidas de austeridade nas condições de vida e de trabalho das mulheres e dos homens em Espanha. Questiona até que ponto se têm alterado e agravado desigualdades como as de género. Defende que as mulheres assumem atualmente responsabilidades adicionais prestando trabalhos não remunerados devido a cortes sociais e a privatizações, ao mesmo tempo que continuam a enfrentar a discriminação no mercado de trabalho e no acesso a centros de recursos e de decisão. Defende que esta refamiliarização na prestação de cuidados, em simultâneo com a precariedade laboral, pode ter um impacto negativo muito forte no bem-estar das mulheres e nas suas oportunidades presentes e futuras, colocando em risco os frágeis ganhos alcançados até aqui em termos de igualdade de género.
