Considerando o leitmotiv do presente artigo: Em que consiste a identidade pessoal ao longo do tempo?, confrontam-se as duas abordagens que parecem conquistar maior número de defensores – a “abordagem psicológica” e a “abordagem física” – no que respeita a uma resposta possível ao “problema da identidade pessoal”. De uma maneira geral, discute-se em relação à primeira as perspetivas (neo)lockeanas, com especial incidência em Parfit, e, em relação à segunda, a perspetiva animalista, já desenvolvida por Olson e posteriormente por Blatti. Deste modo, procura-se responder à questão com base na discussão mais recente e providenciar uma pista para futuras discussões, com o objetivo de superar alguns problemas das “abordagens” referidas.