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Leandro A. Dias
Uno de los temas más controvertidos que la Sala de Primera Instancia I de la Corte Penal Internacional tuvo que resolver en la sentencia de condena contra Thomas Lubanga Dyilo fue el tratamiento jurídico de los actos de violencia sexual cometi- dos durante el conflicto armado en Ituri. Este aspecto resultó problemático debido a que la Fiscalía decidió no presentar una acusación por crímenes sexuales. Por el contrario, centró su estrategia durante gran parte del proceso en los crímenes de guerra de reclutamiento, alistamiento o utilización de niños menores de quince años para participar activamente en las hostilidades. Ante esta situación, la mayo- ría de Sala de Primera Instancia I decidió no pronunciarse sobre el tema, mientras que la jueza Elizabeth Odio Benito consideró a los actos de violencia sexual como constitutivos del crimen de utilización activa de menores en las hostilidades. En el presente ensayo se analizarán críticamente ambas posiciones, con el propósito de exponer una tercera alternativa, consistente en que los actos de violencia sexual, a pesar de no haber sido expresamente imputados, se encuentran incluidos en las conductas de reclutamiento o alistamiento.
One of the most controversial issues that the Pre-Trial Chamber I of the International Criminal Court had to decide in their judgment against Thomas Lubanga Dyilo was the legal treatment of the acts of sexual violence committed during the armed conflict of Ituri. This was a challenging aspect because the Prosecutor had previously decided not to present charges based on sex crimes. On the contrary, he mostly focused his prosecutorial strategy on the war crimes of conscripting, enlisting children under the age of fifteen years or using them to participate actively in hostilities. Facing that situation, the majority of the Trial Chamber I decided not to analyse the issue, while judge Elizabeth Odio Benito took up this point and considered that acts of sexual violence constitute an active participation in hostilities. In this essay I will critically analyse both opinions with the aim of offering an alternative explanation. The latter could be read as follows: despite the fact that acts of sexual violence were not included in the charges, they are covered by the conducts of conscripting or enlisting.
Um dos temas mais controvertidos que a Câmara de Julgamento I do Tribunal Penal Internacional teve que resolver na sentença de condenação de Thomas Lubanga Dyilo foi o tratamento jurídico dos atos de violência sexual cometidos durante o conflito armado em Ituri. Este aspecto resultou problemático devido ao fato de a Promotoria ter decidido não apresentar uma acusação por crimes sexuais. Pelo contrário, centrou sua estratégia, durante grande parte do processo, nos crimes de guerra de recrutamento, alistamento ou utilização de crianças menores de quinze anos para participação ativa nas hostilidades. Diante desta situação, a maioria da Câmara de Julgamento I decidiu não se pronunciar sobre o tema, enquanto a juíza Elizabeth Odio Benito considerou os atos de violência sexual como constitutivos do crime de utilização ativa de crianças nas hostilidades. No presente ensaio serão analisadas criticamente ambas as posições, com o objetivo de expor uma terceira alternativa, segundo a qual os atos de violência sexual, apesar de não terem sido expressamente imputados, se encontram incluídos nas condutas de recrutamento ou alistamento.
