O trabalho concentra-se na análise da actividade de um conjunto de entidades interligadas de base territorial, o cluster do Vinho do Porto, com produção geograficamente delimitada à Região Demarcada do Douro, no norte de Portugal.
Apesar de ser a mais antiga região demarcada do mundo, com um produto único, numa paisagem ímpar, os indicadores observados mostram que esta singularidade não foi capaz de reter a riqueza necessária para fazer descolar a região em matéria de desenvolvimento.
Perante os dados recentes da produção e comercialização de vinho do Porto, avançou-se para a análise estratégica do cluster, através da construção de uma matriz SWOT. Conclui-se, nesta actividade tão regulada e dependente dos mercados externos, pela inevitabilidade da transferência de liderança para o núcleo do cluster e aumento da cooperação entre os intervenientes com vista a um posicionamento estratégico comum, assim como um reequilíbrio na distribuição do rendimento entre comércio e produção.