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Cristina Dotta Ortega
Objetiva explorar os princípios documentários como equivalentes às questões nucleares propostas para a Ciência da Informação, como modo de realizar o debate sobre seus fundamentos. O trabalho se justifica por considerar que a percepção sobre a crise de identidade em Ciência da Informação pauta-se em literatura fortemente marcada por eixos específicos, os quais deflagram visões parciais incapazes de constituírem partes articuladas de um todo. Como metodologia, realiza revisão de literatura e discussão sobre a história da Ciência da Informação, considerando-a anterior ao surgimento desta denominação, e trata de sua disciplinaridade, apresentando construções interdisciplinares significativamente consolidadas e problematizando a questão das denominações para a área. O estudo permite constatar que a celeuma que envolve a questão da identidade da Ciência da Informação não se manifesta de forma relevante na literatura e nas práticas profissionais pautadas na Documentação, a qual tem apresentado, simultaneamente, foco e densidade no decorrer do tempo. A história da Documentação permite questionar os discursos sobre a ausência de consensos em Ciência da Informação e sobre a frágil nuclearidade decorrente de sua dimensão técnica e da suposta fluidez intrínseca aos seus limites e áreas fronteiriças. Conclui que os princípios documentários configuram-se como parte basilar dos fundamentos da Ciência da Informação e são emblemáticos de sua unidade identitária.
This article aims to explore the documentary principles as equivalents to the core matters proposed to the Information Science, as a way to promote the debate about its groundings. The study is justified because it considers that the perception over the identity crisis in Information Science is oriented by literature strongly based on specific axis, which engender partial views, incapable of constituting articulated parts of a whole. As methodology, it reviews the literature and discusses the history of Information Science, considering it prior to the emergence of this designation, and deals with its disciplinarity, presenting interdisciplinary frames, which are significantly consolidated. Besides, it studies the matter of the designations for the area. The study enables us to notice that the stir which involves the matter of identity of Information Science is not relevantly expressed in the literature and in the professional practices, which are oriented by Documentation, and which has presented, simultaneously, focus and density along the time. The history of Documentation permits us to question the discourses over the lack of consensus in Information Science and over the fragile central nature due to its technical dimension and to the supposed fluidity, intrinsic to its limits and borderline areas. It concludes that the documentary principles are a basic part of the grounds of the Information Science and are emblematic of its identity unit.
