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En trabajos anteriores, hemos definido «materia escura» como la diferencia entre el valor capitalizado del rendimiento neto de la inversión de un país y la medición oficial de sus activos externos netos. En este artículo, calculamos los activos de materia oscura para los países de América Latina. Constatamos que la dinámica oficial de las cuentas corrientes sigue de forma aceptable la evolución de la materia oscura, incluidos los activos externos netos de la región a lo largo de periodos relativamente largos (como las dos últimas décadas). No obstante, en el periodo comprendido entre 2002 y 2004, las estadísticas oficiales sugieren un superávit en las cuentas corrientes que se transforma en un déficit del orden de 300.000 millones al incluir esta materia oscura. Esto sucede porque las cifras oficiales subestiman los desequilibrios de las cuentas corrientes para los productores de bienes que hayan sufrido pérdidas de capital significativas como resultado el reciente boom de este tipo de bienes.
In previous work we have defi ned “dark matter” as the diff erence between the capitalized value of net investment income of a country and the offi cial measure of its net foreign assets. In this paper we estimate dark matter assets for Latin American countries. We fi nd that offi cial current account dynamics follow reasonably well the evolution of dark matter inclusive net foreign assets in the region over relatively long periods such as the last two decades. However in the period 2002-2004 offi cial statistics suggest a current account surplus that becomes a defi cit of close to 300 billion once dark matter is included. Th is happens because offi cial numbers underestimate current account imbalances for commodity producers who experienced signifi cant capital losses as a result of the recent commodity boom.
Em trabalhos anteriores, defi nimos «matéria escura» como a diferença entre o valor capitalizado do rendimento líquido de investimento de um país e a avaliação ofi cial dos seus activos externos líquidos. No presente relatório, estimamos os activos de matéria escura para os países da América Latina. Constatamos que a dinâmica ofi cial de contas correntes acompanha razoavelmente bem a evolução da matéria escura, incluindo os activos externos líquidos na região ao longo de períodos relativamente longos, como as duas últimas décadas. No entanto, no período de 2002-2004, as estatísticas ofi ciais sugerem um excedente nas contas correntes que se transforma num défi ce da ordem dos 300 mil milhões quando se inclui a matéria escura. Isto acontece porque os números ofi ciais subestimam os desequilíbrios nas contas correntes para os produtores de bens que sofreram perdas de capital signifi cativas em resultado da recente expansão na disponibilidade de mercadorias
