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O acadêmico Alvaro da Rocha, na época de sua formatura na Faculdade de Medicina da Bahia, apresentou um estudo sobre o "Segredo Médico" revelando neste trabalho, uma série de conceitos e normas a respeito da profissão e conduta do médico, principalmente quando seus conhecimentos entravam em contato com outra ciência da época: o direito. Assim, sua pesquisa demonstra como o médico deve portar-se enquanto testemunha nos tribunais. Conceitos como Justiça e "segredo" profissional estão permeando esta tese de doutoramento, escrita em 1906, na Bahia, revelando um intenso debate que ocorria dentro da medicina a respeito dos limites do direito, bem como, das questões de higiene e intervenção social. O presente artigo se refere a um estudo de caso sobre tal tese de medicina legal, observando como esta ciência se instituiu social e intelectualmente no Brasil e que diálogos e discussões foram firmados entre estes diferentes profissionais ditos "liberaes" - o bacharel de direito e o médico. Neste sentido, procurou-se analisar como dois campos distintos do mundo científico estão se aproximando, gerando o aparecimento de um novo intelectual, o médico-legista. Este profissional, respaldado por seu conhecimento considerado necessário a sociedade, volta seu olhar para a vida cotidiana dos brasileiros
