A partir da constataçao de uma perda sistemática de memória colectiva ocorrida nas movimentaçoes estudantis, procura-se mostrar como essa amnésia tem relativizado sempre a sua força. Ao concentrar-se a observaçao no caso de Coimbra, procede-se a um breve inventário histórico de alguns dos momentos decisivos da intervençao reivindicativa dos seus estudantes, em articulaçao com o lugar político e simbólico da própria cidade. Mencionando também a afirmaçao gradual de uma subcultura estudantil dotada de crescente autonomia e de alguma capacidade centrífuga em relaçao ao espaço universitário, apontam-se as tendências essenciais que aquela intervençao tem vindo a materializar.