Joseba García Martín
, Ignacia Perugorría
En este estudio se busca contribuir a la literatura sobre los movimientos sociales de extrema derecha concentrándose en un actor poco explorado, pero de gran relevancia internacional en la generación de posicionamientos y discursos contra las políticas morales —desde el divorcio y el aborto, hasta la reproducción asistida y los derechos de las comunidades LGTBIQ+—. Para ello, se analizan las redes transnacionales antiderechos que se establecen entre las organizaciones laicas de inspiración católica e ideología neoconservadora (OLIC-N) en España y América Latina. El análisis se circunscribe a la movilización antieutanasia, práctica legalizada en 15 de 195 países, entre ellos España, Colombia y Ecuador. A pesar de gozar de un amplio apoyo social, la eutanasia permanece aún sujeta a un evidente “bloqueo político” a nivel mundial; su legalización es, por lo tanto, la “nueva frontera” a conquistar por los gobiernos progresistas y las organizaciones que luchan por una muerte digna. A partir de una articulación teórica que combina aportes de la sociología de la religión y los estudios sobre movimientos sociales, y sustentado en un estudio cualitativo multimétodo que integra el análisis de datos netnográficos y secundarios, en este artículo se da cuenta de los repertorios y marcos interpretativos antieutanasia de las OLIC-N moderados y radicales españoles; de los roles de las organizaciones religiosas y políticas antiderechos en la lucha contra la Ley de Eutanasia en España; y de la difusión y reapropiación de elementos conductuales e ideacionales por parte de las OLIC-N en América Latina, en las que empiezan a emerger debates sociales y parlamentarios en torno a la legalización de esta práctica. El estudio es el primero en analizar las redes transnacionales antiderechos y aporta evidencia empírica sobre su configuración, así como sobre su capacidad de adaptación estratégica en contextos sociopolíticos diversos, pero interconectados.
Este estudo visa contribuir para a literatura sobre os movimentos sociais de extrema direita ao se focar em um ator pouco explorado, mas de grande relevância internacional na formulação de posições e discursos contrários às políticas morais — do divórcio e do aborto à reprodução assistida e aos direitos das comunidades LGTBIQ+. Para tanto, são analisadas as redes transnacionais antidireitos constituídas entre organizações laicas de inspiração católica e ideologia neoconservadora (OLIC-N) na Espanha e na América Latina. A análise se concentra na mobilização contra a eutanásia, prática legalizada em 15 dos 195 países, incluindo Espanha, Colômbia e Equador. Apesar de contar com amplo apoio social, a eutanásia ainda permanece sujeita a um notório “bloqueio político” no âmbito global; sua legalização configura, portanto, a “nova fronteira” a ser conquistada por governos e organizações progressistas que lutam por uma morte digna. Fundamentado em uma articulação teórica que combina contribuições da sociologia da religião e dos estudos sobre movimentos sociais, além de um estudo qualitativo multimétodo que integra a análise de dados netnográficos e secundários, este artigo examina os repertórios e referenciais interpretativos da antieutanásia nas OLIC-N moderadas e radicais espanholas; os papéis das organizações religiosas e das políticas antidireitos na resistência contra a Lei da Eutanásia na Espanha; e a disseminação e reapropriação de elementos comportamentais e ideacionais pelas OLIC-N na América Latina, onde começam a surgir debates sociais e parlamentares em torno da legalização dessa prática. O estudo é pioneiro na análise de redes transnacionais antidireitos e oferece evidências empíricas acerca de sua configuração e da capacidade de adaptação estratégica em contextos sociopolíticos diversos, porém interconectados.
This study contributes to the literature on far-right social movements by examining an actor that has been little explored but holds significant international relevance in shaping positions and discourses against moral policies—from divorce and abortion to assisted reproduction and the rights of LGTBIQ+ communities. It analyzes the transnational anti-rights networks formed between secular organizations of Catholic inspiration and neoconservative ideology (OLIC-N) in Spain and Latin America. The focus is on anti-euthanasia mobilization, a practice legalized in 15 of 195 countries, including Spain, Colombia, and Ecuador. Despite broad social support, euthanasia remains subject to a clear “political blockade” worldwide; its legalization is thus the “new frontier” for progressive governments and organizations advocating for the right to die with dignity. Drawing on a theoretical framework that combines sociology of religion and social movement studies, and based on a multi-method qualitative design integrating netnographic and secondary data analysis, the article examines the repertoires and interpretive frames of moderate and radical Spanish OLIC-N actors; the roles of religious and anti-rights political organizations in opposing Spain’s Euthanasia Law; and the diffusion and reappropriation of behavioral and ideational elements by OLIC-N in Latin America, where social and parliamentary debates on legalization are beginning to emerge. This is the first study to analyze transnational anti-rights networks, providing empirical evidence on their configuration and their capacity for strategic adaptation across diverse yet interconnected sociopolitical contexts.