Colombia
Este artículo tiene como objetivo contribuir a la descripción, el análisis y la comparación de los patrones discursivos que vehiculan y sustentan los derechos de la naturaleza. También estudia estos patrones discursivos desde la perspectiva del pluralismo jurídico global. Para cumplir estos objetivos, divido el texto en dos partes. En la primera, describo, analizo y comparo tres tipos de discurso relacionados con los derechos de la naturaleza: en primer lugar, examino sus modelos prototípicos, es decir, los surgidos en Bolivia, Ecuador y Nueva Zelanda. A continuación, estudio los discursos sobre los derechos de la naturaleza que reproducen las estructuras conceptuales de los modelos paradigmáticos, por ejemplo, los que surgen en el sistema internacional dederechos humanos y en los sistemas jurídicos de Colombia e India. Por último, exploro los discursos que se resisten a los derechos de la naturaleza, como los que surgen en los sistemas jurídicos de gran parte de Europa occidental. En la segunda parte del artículo, analizo los derechos de la naturaleza desde dos perspectivas fundamentales para el derecho comparado contemporáneo: la economía política del conocimiento jurídico y las teorías explicativas del cambio jurídico. Para ello, divido esta segunda parte en dos secciones. En la primera, muestro cómo los derechos de la naturaleza desafían la economía política del conocimiento jurídico dominante; los derechos de la naturaleza son culturalmente híbridos, así como epistemológica, política y jurídicamente heterodoxos. En la segunda sección, examino cómo los sistemas jurídicos nacionales han incluido los derechos de la naturaleza dentro de sus estructuras por medio de una fertilización cruzada que implica no solo procesos norte-sur de intercambio de conocimiento legal, sino también procesos heterodoxos de intercambio sur-sur y sur-norte.
This article contributes to the description, analysis, and comparison of the discursive patterns that convey and sustain the rights of nature. It also examines these discursive patterns from the perspective of global legal pluralism. To this end, the text is divided into two parts. In the first part, I describe, analyze, and compare three types of discourse related to the rights of nature. I begin by examining their prototypical models, namely those that emerged in Bolivia, Ecuador, and New Zealand. I then explore discourses that replicate the conceptual structures of these paradigmatic models, such as those found within the international human rights system and in the legal systems of Colombia and India. Finally, I consider discourses that oppose the rights of nature, as seen in the legal systems of much of Western Europe. The second part analyzes the rights of nature through two key perspectives in contemporary comparative law: the political economy of legal knowledge and explanatory theories of legal change. This part is also divided into two sections. In the first, I show how the rights of nature challenge the dominant political economy of legal knowledge; these rights are culturally hybrid as well as epistemologically, politically, and legally heterodox. In the second section, I examine how national legal systems have incorporated the rights of nature into their structures through a cross-fertilization process that involves not only North-South exchanges of legal knowledge but also heterodox South-South and South-North exchanges.
Este artigo tem como objetivo contribuir para a descrição, análise e comparação dos padrões discursivos que veiculam e sustentam os direitos da natureza. Pretende também estudar esses padrões discursivos a partir da perspectiva do pluralismo jurídico global. Para atingir esses objetivos, divido o texto em duas partes. Na primeira, descrevo, analiso e comparo três tipos de discurso relacionados aos direitos da natureza: em primeiro lugar, examino seus modelos fundacionais, ou seja, aqueles que surgiram na Bolívia, no Equador e na Nova Zelândia. Em seguida, estudo os discursos sobre os direitos da natureza que reproduzem as estruturas conceituais dos modelos paradigmáticos, por exemplo, aqueles que surgem no sistema internacional de proteção dos direitos humanos e nos sistemas jurídicos da Colômbia e da Índia. Por fim, exploro os discursos que resistem aos direitos da natureza, como aqueles que surgem nos sistemas jurídicos de grande parteda Europa Ocidental. Na segunda parte do artigo, analiso os direitos da natureza a partir de duas perspectivas fundamentais para o direito comparado contemporâneo: a economia política do conhecimento jurídico e as teorias explicativas da mudança jurídica. Para isso, divido esta segunda parte em duas seções. Na primeira, mostro como os direitos da natureza desafiam a economia política do conhecimento jurídico dominante; os direitos da natureza são culturalmente híbridos, bem como epistemologicamente, politicamente e juridicamente heterodoxos. Na segunda seção, examino como os sistemas jurídicos nacionais incluíram os direitos da natureza em suas estruturas por meio de uma fertilização cruzada que envolve não apenas processos de intercâmbio jurídico Norte-Sul, mas também intercâmbios heterodoxos Sul-Sul e Sul-Norte.