Vidal Labajos Sebastián
, Francisco Fernández-Trujillo Moares
El desarrollo histórico del capitalismo ha estado estrechamente ligado a transformaciones tecnológicas significativas que han redefinido las relaciones laborales y han transformado la temporalidad social. La era posfordista y la consecuente penetración de la esfera digital han dado lugar a lo que se conoce como capitalismo de plataforma, caracterizado por la proliferación de numerosas aplicaciones digitales que están reconfigurando tanto la esfera de la producción como la del consumo. La mediación tecnológica y el despotismo algorítmico determinan los ritmos y horarios laborales, lo que fomenta la conectividad constante y la competencia. Partiendo de esta premisa, analizamos las experiencias temporales de los repartidores de plataformas como Glovo, Uber Eats, Stuart y Deliveroo en España. Para ello este análisis se apoya en la literatura existente sobre la temporalidad en las sociedades contemporáneas y la temporalidad digital. Establecimos un marco conceptual apoyado en los conceptos de hibridación temporal, aceleración, densificación y tiempo-recurso, los cuales son fundamentales para comprender estas nuevas formas de relaciones laborales y las estrategias de control laboral asociadas a la plataformización. Esta aproximación teórica a los debates sobre la temporalidad en las sociedades contemporáneas nos permite analizar 49 entrevistas con repartidores y repartidoras de diferentes plataformas en dos periodos diferenciados. Así, este estudio combina tanto el análisis discursivo como la revisión bibliográfica y la construcción teórica de conceptos y categorías que puedan captar la especificidad de los marcos temporales y de los procesos de subjetivación en este contexto laboral particular para proponer una nueva categoría de temporalidad laboral, que dialoga con las que habían sido desarrolladas en la literatura.
O desenvolvimento histórico do capitalismo esteve intimamente ligado a significativas transformações tecnológicas que redefiniram as relações de trabalho e transformaram a temporalidade social. A era pós-fordista e a consequente introdução da esfera digital deram origem ao que é conhecido como capitalismo de plataforma, caracterizado pela proliferação de inúmeros aplicativos digitais que estão reconfigurando tanto o âmbito da produção quanto do consumo. A mediação tecnológica e o despotismo algorítmico determinam os ritmos e horários de trabalho, o que promove a conectividade constante e a concorrência. A partir dessa premissa, analisamos as experiências temporárias de entregadores em plataformas como Glovo, Uber Eats, Stuart e Deliveroo na Espanha. Para isso, esta análise se baseia na literatura existente sobre a temporalidade nas sociedades contemporâneas e a temporalidade digital. Estabelecemos uma estrutura conceitual baseada nos conceitos de hibridização temporal, aceleração, densificação e tempo-recurso, que são fundamentais para compreender essas novas formas de relações de trabalho e as estratégias de controle do trabalho associadas à plataformização. Essa abordagem teórica dos debates sobre a temporalidade nas sociedades contemporâneas nos permite analisar 49 entrevistas com entregadores e entregadoras de diferentes plataformas em dois períodos distintos. Assim, este estudo combina tanto a análise discursiva quanto a revisão bibliográfica e a construção teórica de conceitos e categorias que possam captar a especificidade dos recortes temporais e dos processos de subjetivação nesse contexto profissional particular para propor uma nova categoria de temporalidade do trabalho, que dialoga com aquelas que vinham sendo desenvolvidas na literatura.
The historical evolution of capitalism has been intrinsically linked to major technological transformations that have reshaped labor relations and redefined social temporality. The post-Fordist era, alongside the expansion of the digital sphere, has given rise to platform capitalism, characterized by the proliferation of digital applications that are restructuring both production and consumption. Within this framework, technological mediation and algorithmic control dictate work rhythms and schedules, fostering perpetual connectivity, labor flexibilization, and intensified competition. This study examines the temporal experiences of delivery workers on platforms such as Glovo, Uber Eats, Stuart, and Deliveroo in Spain. The analysis is grounded in existing literature on temporality in contemporary societies and digital labor, establishing a conceptual framework based on the notions of temporal hybridization, acceleration, densification, and time-as-a-resource. These concepts are essential for understanding emerging labor dynamics and the control mechanisms embedded in platform-based work. Through an analysis of 49 in-depth interviews with delivery workers conducted across two distinct periods, the study combines discourse analysis, literature review, and theoretical development to identify the specific temporal structures shaping platform labor. By critically engaging with existing debates on labor temporality, this research proposes a new category of work temporality that captures the distinct temporalities and subjectivities produced within platform-based labor systems.