Gustavo Luiz Pacher Schmitz, Isabela Hess Justus, Crisangela Cristin Consul, Flávia Cristina Colmenero, Gabriel Hito dos Santos, Maria Clara Bischof Chicalski, Pedro Henrique Cury Tonon, Sergio Ossamu Ioshii, Mario Claudio Soares Sturzeneker
Até o momento, não há estudos avaliando o desempenho de acadêmicos treinados em análise histológica de amostras de tecido hepático de modelo animal de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A participação efetiva de acadêmicos pode culminar com a expansão da produção de experimentos de instituições de ensino e pesquisa. Nesse sentido, realizou-se esse estudo com o objetivo de avaliar esse desempenho, comparando as análises dos acadêmicos com a análise do patologista. Participaram das análises de esteatose, inflamação lobular e balonização, baseadas no sistema de escore para análise histológica da DHGNA, 1 patologista e 7 acadêmicos de medicina. Após o treinamento, disponibilizou-se 33 fotomicrografias distribuídas de forma aleatória para a análise final dos acadêmicos que foi concluída 3 a 4 semanas após a primeira orientação formal. Os resultados das análises histológicas foram comparados através do teste de Kruskal-Wallis e as comparações múltiplas foram realizadas por meio do teste de Dwass-Steel-Critchlow-Fligner. As análises da esteatose e balonização foram semelhantes com valores de 0,765 e 0,120, sendo o mesmo observado nas comparações 2 a 2. Entretanto, houve diferença significativa entre as análises de inflamação lobular (p<0,001), sendo as comparações, 2 a 2, entre as análises do patologista e dos acadêmicos semelhantes, excetuando a efetuado com o acadêmico 2 (p=0.003). Portanto, pode-se inferir que a análise histológica da esteatose e da balonização, de modelo animal de DHGNA pode ser realizada por acadêmicos de medicina adequadamente treinados. Contudo, para a análise de inflamação lobular, há necessidade de tempo adicional de treinamento.