Henrique Novais Mansur, Emerson Filipino Coelho, Luciano Miranda, Jefferson da Silva Novaes, Guilherme de Jesus do Nascimento, Luís Filipe Moutinho Leitao, Jeferson Macedo Vianna, Francisco Zacaron Werneck
O estudo objetivou avaliar alterações na aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor em escolares durante o período da pandemia do COVID-19 em um seguimento de 3 anos. Participaram 299 adolescentes, sendo 161 homens (13,1 ±1,1 anos em 2019 e 16,1 ±1,1 anos em 2022) e 138 mulheres (12,9 ±1,1 anos em 2019 e 16,0 ±1,1 anos em 2022). Os testes realizados foram: massa corporal (MCT), IMC, percentual de gordura (%G), nível de atividade física (NAF), volume máximo de oxigênio (VO2max), força de preensão manual (HG), potência de membros superiores (PMS), potência de membros inferiores (PMI), velocidade de corrida de 20 metros (V20) e flexibilidade (FLEX). Para análise dos dados foram utilizados média e desvio padrão e teste t pareado, adotando p<0,05 como estatisticamente significativo. Todos os indicadores apresentaram melhoras significativas após o período de seguimento, exceto V20, VO2max e PMI nas meninas. O ganho médio (∆) nos meninos foi: HG = 37% (p<0,001), PMS = 30,6% (p<0,001), PMI = 17,3% (p<0,001), FLEX = 21,3% (p<0,001), V20 = -7,2% (p<0,001) e VO2max = 37% (p<0,001); nas meninas foram: HG = 11,9% (p<0,001), PMS = 8,7% (p<0,001), PMI = -4,2% (p<0,001), FLEX = 12,5% (p<0,001), V20 = -0,2% (p=0,66) e VO2max = 4,6% (p=0,13). A partir dos resultados apresentados conclui-se que na amostra avaliada, especialmente nos meninos, o isolamento social pela pandemia do COVID-19 não causou prejuízos na aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor.