Matías Lamberti
, Esteban Hernán Rodríguez
, Carolina Ocampo
, Leonardo Bloise
, Federico di Pasquo
América Latina y el Caribe presentan una larga historia colonial de problemáticas forestales. Distintos organismos intergubernamentales articulados desde Estados autodenominados «desarrollados», han presentado numerosos mecanismos de «ayuda» económica (programas y fondos) dirigidos a la gestión neoliberal de los bosques en países que califican «en desarrollo». El objetivo de este artículo es analizar críticamente estos aspectos de la dimensión económica y geopolítica de los organismos intergubernamentales, para luego indagar el modo en que influencian las principales políticas forestales latinoamericanas y caribeñas. Particularmente, indagamos el Programa ONU-REDD, un relevante mecanismo que otorga financiamiento a cada país que cumpla, entre otras cosas, la condición de elaborar una estrategia nacional REDD que implemente su enfoque, influenciando directamente la mayoría de las políticas forestales de la región. Nuestro trabajo concluye que el Programa ONU-REDD establece cierta diferencia colonial dada por la carencia de «desarrollo» de determinados Estados, lo que habilita su dominación desde el nivel intergubernamental. Esta lectura decolonial de los mecanismos económicos que operan bajo el imperativo del «desarrollo», constituye una buena posibilidad para visibilizar su otra cara de la moneda, el lado de la colonialidad.
Latin America and the Caribbean have a long colonial history of forest-related issues. Various intergovernmental organizations, largely driven by self-proclaimed «developed» states, have introduced numerous economic «aid» mechanisms (programs and funds) aimed at promoting the neoliberal management of forests in countries categorized as «developing.» This article critically analyzes the economic and geopolitical dimensions of such intergovernmental organizations, examining how they influence major forest policies in Latin America and the Caribbean. In particular, we focus on the UN-REDD Programme, a significant mechanism that provides funding to countries that, among other requirements, develop a national REDD strategy aligned with the Programme’s approach—an approach that directly shapes most forest policies in the region. Our analysis concludes that the UN-REDD Programme reinforces a form of colonial difference, based on the perceived lack of «development» in certain states, thereby enabling their domination from the intergovernmental level. This decolonial reading of the economic mechanisms operating under the imperative of «development» reveals the other side of the coin — the side of coloniality
A América Latina e o Caribe têm uma longa história colonial de problemas florestais. Diversas organizações intergovernamentais, organizadas por estados autoproclamados «desenvolvidos », apresentaram inúmeros mecanismos de «ajuda» econômica (programas e fundos) voltados para o manejo florestal neoliberal em países que eles classificam como «em desenvolvimento ». O objetivo deste artigo é analisar criticamente esses aspectos da dimensão econômica e geopolítica das organizações intergovernamentais e, em seguida, investigar como eles influenciam as principais políticas florestais da América Latina e do Caribe. Especificamente, examinamos o Programa UN-REDD, um mecanismo fundamental que concede financiamento a cada país que cumpra, entre outras coisas, o requisito de elaborar uma estratégia nacional de REDD que implemente sua abordagem, influenciando diretamente a maioria das políticas florestais da região. Nosso trabalho conclui que o Programa UN-REDD estabelece uma certa diferença colonial devido à falta de «desenvolvimento» em certos Estados, o que possibilita sua dominação a partir do nível intergovernamental. Esta leitura decolonial dos mecanismos econômicos que operam sob o imperativo do «desenvolvimento» constitui uma boa oportunidade para tornar visível o outro lado da moeda, o lado da colonialidade.