Jorge Dimitri Raúl Durán Mackliff, Gilda Cecilia Herrera Herrera
El sistema judicial ecuatoriano enfrenta serias limitaciones estructurales, normativas y operativas que afectan su legitimidad, eficiencia y capacidad para garantizar justicia efectiva. A pesar de las reformas constitucionales de 2008 y del desarrollo normativo en códigos como el COIP, COGEP y COA, persisten deficiencias como la mora procesal, la dificultad para ejecutar sentencias, la percepción generalizada de corrupción y la exclusión de sectores vulnerables. Este artículo propone un modelo innovador de corresponsabilidad social como vía para optimizar la administración de justicia en Ecuador. A partir de un enfoque multidisciplinario (jurídico, sociológico, económico y tecnológico) y mediante una metodología mixta que combina encuestas, entrevistas y análisis documental, se evidencia la necesidad de una articulación efectiva entre el Estado, el sector privado y la ciudadanía. La investigación identifica experiencias exitosas en Ecuador e internacionalmente (como Colombia, Canadá, Nueva Zelanda y Brasil), que demuestran el potencial de la participación social en la gestión judicial. Se propone la creación de observatorios, la masificación de mecanismos alternativos de resolución de conflictos, la digitalización integral del sistema y reformas estructurales al COGEP, COIP y COFJ. La hipótesis central sostiene que solo mediante una justicia colaborativa, inclusiva y modernizada es posible revertir la actual crisis institucional. El estudio concluye que la corresponsabilidad social no es una opción política, sino una necesidad jurídica imperativa para consolidar un Estado constitucional de derechos y justicia.
The Ecuadorian judicial system faces serious structural, normative, and operational limitations that undermine its legitimacy, efficiency, and ability to guarantee effective justice. Despite the 2008 constitutional reforms and the development of new legal frameworks such as the COIP, COGEP, and COA, persistent deficiencies remain, including procedural delays, difficulties in enforcing judgments, widespread perceptions of corruption, and the exclusion of vulnerable sectors. This article proposes an innovative model of social co-responsibility as a pathway to optimize the administration of justice in Ecuador. Using a multidisciplinary approach (legal, sociological, economic, and technological) and a mixed methodology combining surveys, interviews, and document analysis, the research highlights the need for effective coordination among the State, the private sector, and civil society. The study identifies successful national and international experiences (e.g., Colombia, Canada, New Zealand, and Brazil) that demonstrate the potential of social participation in judicial management. It proposes the creation of observatories, the widespread use of alternative dispute resolution mechanisms, comprehensive digitalization of the justice system, and structural reforms to the COGEP, COIP, and COFJ. The central hypothesis argues that only through a collaborative, inclusive, and modernized justice system can the current institutional crisis be reversed. The study concludes that social co-responsibility is not a political choice but a legal imperative for consolidating a constitutional State of rights and justice.
O sistema judicial equatoriano enfrenta sérias limitações estruturais, regulatórias e operacionais que afetam sua legitimidade, eficiência e capacidade de garantir uma justiça efetiva. Apesar das reformas constitucionais de 2008 e do desenvolvimento regulatório de códigos como o COIP, o COGEP e o COA, persistem deficiências, como morosidade processual, dificuldade na execução de sentenças, percepção generalizada de corrupção e exclusão de setores vulneráveis. Este artigo propõe um modelo inovador de corresponsabilidade social como forma de otimizar a administração da justiça no Equador. Utilizando uma abordagem multidisciplinar (jurídica, sociológica, econômica e tecnológica) e uma metodologia mista que combina pesquisas, entrevistas e análise documental, evidencia-se a necessidade de uma coordenação efetiva entre o Estado, o setor privado e os cidadãos. A pesquisa identifica experiências bem-sucedidas no Equador e em âmbito internacional (como Colômbia, Canadá, Nova Zelândia e Brasil) que demonstram o potencial da participação social na gestão judicial. A proposta inclui a criação de observatórios, a ampla utilização de mecanismos alternativos de resolução de conflitos, a digitalização abrangente do sistema e reformas estruturais do COGEP, COIP e COFJ. A hipótese central sustenta que somente por meio de uma justiça colaborativa, inclusiva e modernizada é possível reverter a atual crise institucional. O estudo conclui que a corresponsabilidade social não é uma opção política, mas sim uma necessidade jurídica imperativa para a consolidação de um estado constitucional de direitos e justiça.