Ambato, Ecuador
El objetivo de este análisis fue examinar cómo las dimensiones biológica y de género influyen en la tipificación, investigación y sanción del femicidio en Ecuador, buscando comprender sus implicaciones legales y sociales. La metodología empleada consistió en una revisión exhaustiva de literatura académica, legislación comparada y jurisprudencia relevante, con énfasis en estudios que abordan la intersección de género y biología en contextos de violencia machista. Entre los hallazgos principales se destaca que, si bien la biología puede influir en ciertos aspectos del comportamiento humano, la percepción y construcción de género son determinantes cruciales en la perpetración y justificación de la violencia feminicida. La concepción biológica, a menudo malinterpretada o usada para esencializar roles, choca con la realidad de que el femicidio es un crimen arraigado en dinámicas de poder patriarcales y desigualdad de género. Las legislaciones progresistas reconocen esta raíz de género, diferenciando el femicidio de otros homicidios y buscando proteger a las mujeres de la violencia estructural. En conclusión, el femicidio no obedece a una única causa ni a un modelo uniforme, lo que descarta una solución única. Su abordaje exige un enfoque multidimensional y articulado que integre la profunda influencia de la percepción y construcción de género. A pesar de los avances legales en Ecuador, la impunidad y la falta de un enfoque de género en la educación persisten, evidenciando una contradicción entre el progreso legal y las condiciones estructurales que perpetúan la violencia.
The objective of this analysis was to examine how biological and gender dimensions influence the criminalization, investigation, and punishment of femicide in Ecuador, seeking to understand its legal and social implications. The methodology employed consisted of an exhaustive review of academic literature, comparative legislation, and relevant jurisprudence, with an emphasis on studies that address the intersection of gender and biology in contexts of sexist violence. Among the main findings, it is highlighted that, while biology can influence certain aspects of human behavior, the perception and construction of gender are crucial determinants in the perpetration and justification of femicidal violence. The biological conception, often misinterpreted or used to essentialize roles, clashes with the reality that femicide is a crime rooted in patriarchal power dynamics and gender inequality. Progressive legislation recognizes this gender root, differentiating femicide from other homicides and seeking to protect women from structural violence. In conclusion, femicide is not due to a single cause or a uniform pattern, which precludes a single solution. Addressing it requires a multidimensional and articulated approach that integrates the profound influence of gender perception and construction. Despite legal advances in Ecuador, impunity and the lack of a gender perspective in education persist, highlighting a contradiction between legal progress and the structural conditions that perpetuate violence.
O objetivo desta análise foi examinar como as dimensões biológica e de gênero influenciam a criminalização, a investigação e a punição do feminicídio no Equador, buscando compreender suas implicações jurídicas e sociais. A metodologia empregada consistiu em uma revisão exaustiva da literatura acadêmica, legislação comparada e jurisprudência relevante, com ênfase em estudos que abordam a intersecção entre gênero e biologia em contextos de violência sexista. Entre os principais achados, destaca-se que, embora a biologia possa influenciar certos aspectos do comportamento humano, a percepção e a construção de gênero são determinantes cruciais na perpetração e justificação da violência feminicida. A concepção biológica, frequentemente mal interpretada ou utilizada para essencializar papéis, colide com a realidade de que o feminicídio é um crime enraizado na dinâmica de poder patriarcal e na desigualdade de gênero. A legislação progressista reconhece essa raiz de gênero, diferenciando o feminicídio de outros homicídios e buscando proteger as mulheres da violência estrutural. Em conclusão, o feminicídio não se deve a uma causa única ou a um padrão uniforme, o que impede uma solução única. Enfrentá-lo requer uma abordagem multidimensional e articulada que integre a profunda influência da percepção e construção de gênero. Apesar dos avanços legais no Equador, a impunidade e a ausência de uma perspectiva de gênero na educação persistem, evidenciando uma contradição entre o progresso legal e as condições estruturais que perpetuam a violência.