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Miguel Cabrera Machado
Este artículo explora la relación entre la mente y el mundo externo, basado en la teoría de que la mente funciona como un complejo mecanismo predictivo orientado a reconocer patrones de comportamientos y de relaciones en los objetos naturales y en los seres humanos. Paradójicamente, el proceso de reconocimiento de patrones está dirigido a encontrar semejanzas y familiaridades en el mundo, es decir, a ignorar a lo extraño o a lo tenido como irreal; pero, dependiendo de qué tan sobresaliente sea un objeto o un evento, es decir, de qué tan raro o irreal sea percibido, procede a destacarlo a fin de lidiar de alguna manera con él. En el caso de la obra de arte, lo irreal y lo extraño de ella es percibido por la mente como una “anormalidad” en la cadena de objetos y eventos esperados, eventos que incluyen inferencias lógicas naturales. En dicha ruptura de la cadena de patrones regulares residiría un aspecto primordial del impacto de la obra de arte.
Este artigo explora a relação entre a mente e o mundo externo, com base na teoria de que a mente funciona como um complexo mecanismo preditivo orientado para o reconhecimento de padrões de comportamento e de relações em objetos naturais e seres humanos. Paradoxalmente, o processo de reconhecimento de padrões visa encontrar semelhanças e familiaridades no mundo — ou seja, ignorar o que é estranho ou considerado irreal. No entanto, dependendo de quão marcante seja um objeto ou evento — de quão raro ou irreal ele seja percebido —, a mente procede a destacá-lo a fim de lidar com ele de alguma forma. No caso da obra de arte, o seu caráter irreal e estranho é percebido pela mente como uma “anormalidade” na cadeia de objetos e eventos esperados, eventos que incluem inferências lógicas naturais. Nesta ruptura da cadeia de padrões regulares residiria um aspecto fundamental do impacto da obra de arte.
This article explores the relationship between the mind and the external world, based on the theory that the mind functions as a complex predictive mechanism oriented to recognize patterns of behaviors and relationships in natural objects and in human beings. Paradoxically, the process of pattern recognition is aimed at finding similarities and familiarities in the world, that is, at ignoring the strange or what is considered unreal; but, depending on how salient an object or event is, how rare or unreal it is perceived, it proceeds to highlight it in order to deal with it in some way. In the case of the work of art, its unreality and strangeness are perceived by the mind as an "abnormality" in the chain of expected objects and events, events that include natural logical inferences. In this rupture of the chain of regular patterns would reside a primordial aspect of the impact of the work of art.
