Santiago, Chile
Este artículo explora la filosofía natural de Margaret Cavendish a la luz de dos nociones centrales de la ética del cuidado −la interdependencia y la empatía−, argumentando que puede considerarse a Cavendish como una proto-teórica del cuidado ecológico. Su visión materialista y vitalista de la Naturaleza desafía paradigmas mecanicistas y dualistas de su época, permitiendo postular que todos los seres, sean animales, vegetales o minerales, poseen la capacidad de conocer y forman parte de una gran red de dependencia que rechaza las jerarquías ontológicas entre especies. La filosofía cavendisheana abre paso a una denuncia al trato violento contra la naturaleza, visible en su crítica a la explotación animal y en la defensa de formar relaciones armónicas entre el humano y la naturaleza. Reconocer a Cavendish como una proto-teórica del cuidado ecológico amplía el canon filosófico y proporciona un marco conceptual valioso para abordar debates actuales sobre el cuidado y la ecología
This article explores the natural philosophy of Margaret Cavendish in the light of two central notions of the ethics of care −interdependence and empathy− arguing that Cavendish could be considered a proto-theorist of ecological care. Her materialistic and vitalistic vision of Nature challenges the mechanistic and dualistic paradigms of her time, making it possible to postulate that all beings, be they animals, plants or minerals, possess the capacity to know and are part of a large network of dependence that rejects ontological hierarchies between species. Cavendish’s philosophy opens the way to complaint of the violent treatment of nature, visible in her criticism of animal exploitation and her defense of the formation of harmonious relations between humans and nature. Recognizing Cavendish as a proto theorist of ecological care enlarges the philosophical canon and provides a valuable conceptual framework for addressing current debates on care and ecology.
Este artigo explora a filosofia natural de Margaret Cavendish à luz de duas noções centrais da ética do cuidado – a interdependência e a empatia –, argumentando que Cavendish pode ser considerada uma proto-teórica do cuidado ecológico. Sua visão materialista e vitalista da Natureza desafia os paradigmas mecanicistas e dualistas de sua época, permitindo postular que todos os seres, sejam animais, vegetais ou minerais, possuem a capacidade de conhecer e fazem parte de uma grande rede de dependência que rejeita as hierarquias ontológicas entre as espécies. A filosofia cavendisheana abre caminho para uma denúncia do tratamento violento contra a natureza, visível em sua crítica à exploração animal e na defesa da construção de relações harmônicas entre os humanos e a natureza. Reconhecer Cavendish como uma proto-teórica do cuidado ecológico amplia o cânone filosófico e fornece um marco conceitual valioso para abordar debates atuais sobre o cuidado e a ecologia.